Seis horas de palestras e discussões entre mais de 50 líderes de saúde da América Latina, na última segunda-feira (05), giraram em torno de uma profunda crítica à forma como o sistema funciona hoje, baseado na seguinte equação: quanto mais a instituição gasta com um paciente, mais ganha. Se gasta menos, ganha menos. Ocorre que, se o atendimento é super eficiente e, portanto, o paciente fica menos tempo na instituição e exige menos serviços e medicamentos, a remuneração é menor, o que acaba conduzindo as instituições a um regime insustentável.,13,O retrato ficou evidente durante encontro promovido pela Philips do Brasil, em São Paulo. Gestores concordam que é preciso transformar essa lógica ? cuja maior preocupação é com o custo e não com o desfecho ? e passar a remunerar qualidade de atendimento e esse é o maior desafio atualmente.,13,Para Mark Stoffels, diretor de marketing da área de saúde da Philips para América Latina, o maior desafio da Philips é ajudar nossos clientes a gerenciar, medir e gerar valor para seus pacientes. ?Nós somos muito bons em vender tecnologia, mas a tecnologia é uma parte do processo de saúde. Para ter bons resultados, é preciso integrar todos os atores do sistema e é isso que estamos discutindo aqui?.,13,Para Nelson Tech, presidente do Instituto COI, as pessoas estão preocupadas com informática, mas o importante é a informação. ?Isso significa que é preciso mudar a mentalidade de quem conduz os processos e iluminar os pontos cegos dessa trama?.,13,O encontrou contou com uma palestra de Michael Porter, professor de Harvard, que discutiu a gestão na área de saúde e boas práticas para isso. Até o final de novembro deste ano, um manifesto será apresentado com compromissos públicos. Tópicos como impacto da medição de custos e resultados na geração de valor, bem como o papel do e-Health, da telemedicina e como mudanças nas formas de reembolso poderiam promover melhorias em todo o ciclo de cuidados também foram abordados.,13,?Trabalhar com saúde é um negócio complexo porque estamos tentando melhorar e salvar vidas todos os dias. Estamos lidando com pessoas. Em 120 anos trabalhando com inovação, a Philips quer uma ação mais profunda e mais completa para gerar mais valor para os pacientes?, afirma Vitor Rocha, vice-presidente sênior da área de saúde da Philips para a América Latina.,13,No evento estiveram presentes representantes das seguintes empresas: INCOR, Sírio Libanês, Hospital Oswaldo Cruz, UNIMED, FGV, White Martins, Grupo Fleury, Hospital Samaritano, HCOR, entre outros.