Dados recolhidos com cerca de 1.460 executivos que realizaram check-ups médicos entre janeiro e dezembro de 2013 mostram que mais de 60% deles apresentaram um alto índice de estresse. E as mulheres estão em pior situação: 58% dos homens foram diagnosticados com a condição, enquanto as mulheres chegaram a 70%.
Os números são do Centro de Medicina Nuclear da Guanabara, que realizou os exames. O levantamento mostrou também que o estresse aumenta o risco de desenvolver doenças crônicas degenerativas ou ter um infarto do miocárdio, condições muitas vezes associadas a outros elementos de risco como sobrepeso (diagnosticado em 72% dos homens e 52% das mulheres), sedentarismo (45% homens e 51% mulheres) e tabagismo (8% e 11% respectivamente).
Para Eduardo Duarte, médico do CMNG, excesso de trabalho, extensão do local de trabalho para o ?home office? e a auto cobrança, além do sedentarismo, da obesidade e do tabagismo, são fatores que deixam a preocupação com a saúde em segundo plano. Segundo o médico, se não tratado o estresse pode contribuir para o aparecimento de doenças como isquemia coronariana, derrames, doenças do trato digestivo, doenças da pele e outras.
Doenças?
O controle do estresse tem sido encarado como um importante fator para as políticas de saúde populacional nas corporações, uma vez que ele pode prejudicar a produtividade de um funcionário ou equipe. Nem sempre os sintomas são identificados com facilidade, alerta Duarte, pois falta de concentração, desânimo, tristeza, apatia, irritação, tensão muscular e queda no desempenho também são encarados como hábitos de maus profissionais pelos gestores.
Assim, para melhorar o ambiente estressado é preciso identificá-lo primeiro. Os gestores devem estar atentos, diz Paulo Sardinha, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RJ). Após a identificação é necessário elaborar estratégias para sanar o problema.
Duarte recomenda amenizar o quadro de estafa com pelo menos de 30 a 45 minutos de exercícios físicos aeróbicos mais de 3 vezes por semana, além de alimentação equilibrada, abandono do uso do cigarro e do álcool, dormir melhor e ter mais tempo livre. Para as mulheres, a visita periódica ao ginecologista e ao clínico-geral de confiança é importante.
Entre executivos, 60% apresentam alto índice de estresse
Estudo realizado com 1.460 executivos mostra que condição afeta mais as mulheres que os homens
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