Temos tido oportunidade de participar de movimentos iniciais e por si já tímidos, em tentativas de estruturar em cidades de médio porte, redes de EAS que se interligariam segundo suas atuais atividades assistenciais marcantes e posicionamento no contexto geo-urbano, procurando operar cada elo da cadeia segundo sua competência em determinados campos da medicina e demais ações de cuidados à Saúde.
Esta configuração tem alguns objetivos nucleares, como atuar dentro de um espectro definido de poucas especialidades, ampliando os conhecimentos nos cuidados, nas tecnologias médicas e de informação, propiciando economias e evitando desperdícios, assim maximizando os processos assistenciais e o emprego dos escassos recursos alocados.
Com a evolução da operação em rede, as unidades de saúde, incluindo clínicas, policlínicas e hospitais,  passarão a dispor de recursos compartilhados nas atividades de suporte, como capacitação do pessoal, logística de suprimentos, manutenção de equipamentos e edifícios, segurança e outras tantas que poderão ter gestão centralizada como fornecedores da própria rede.
Onde estão os entraves??? Para todos participes ?os outros são concorrentes e inimigos!!? Os Consultores incumbidos de dar curso aos trabalhos, – alguns com profundos conhecimentos em ?psicoterapia de grupo? e ?gestão de conflitos?, explicam a razão de ser do projeto, os obstáculos a serem removidos e os êxitos a serem alcançados, em uma quase certeza de que todos se engajarão na ideia, o que consideram uma primeira ?batalha vencida?.
No ambiente das reuniões pairam diferentes reações faciais e comportamentais: grande ideia!!! é o futuro!! seguidas lenta e gradualmente por expressões da dúvida maior: a falta de credibilidade na proposta, arraigada à retrospectiva histórica do ?se chegamos até aqui, porque mudarmos???, quando se amplia a inquietude com a celebre pergunta conservadora: ?aonde podemos ver igual!!!?, uma verdadeira ante-sala de fracasso!
O projeto de estruturação de redes hierarquizadas e interconectadas por atuações definidas, segundo o ambiente onde se inserem, tem respaldo em estudos conceituais e operacionais que mostram seus resultados ?caso a caso?, não havendo soluções estereotipadas mas sim modeladas e consagradas pelos dirigentes confiantes e arrojados que tem sempre a inovação e a sustentabilidade como foco maior!! no êxito!
A proposta se apresenta como necessária e inovadora. O entrave conservador é o ?deixa estar para ver como fica?, repetindo soluções para o amanhã a partir do superado no passado.