Segundo um fornecedor de TI da Saúde, os registros médicos eletrônicos não cumpriram sua tarefa de realizar uma assistência mais segura, mais eficiente e de baixo custo e não vão até que a usabilidade melhorar para médicos e enfermeiros e até que o sistema seja mais interoperável.
?O objetivo tem que ser a melhoria da qualidade da assistência?, afirmou Rick Kneipper, cofundador e diretor de estratégia da empresa Anthelio Healthcare Solutions. Ele observou que recentes estudos da Rand e da Stanford University descobriram problemas com a habilidade dos EMRs melhorarem a qualidade.
E foi além: ?ou os EMRs não melhoram a qualidade da saúde como todo mundo alega que ele está fazendo, ou de fato eles não descobriram uma correlação entre a qualidade e a implementação do EMR. Acredito que temos que levar esses estudos a sério e assumir que o que fizemos até agora não está funcionando?.
Kneipper citou o relatório President’s Council of Advisors on Science and Technology (PCAST) de dezembro de 2010 que afirma que a maioria dos EMRs no mercado hoje fazem pouco mais do que criar um versão eletrônica do papel e têm pouca relação com a segurança do paciente e a qualidade.
Ele acredita que os desenvolvedores e equipes de implementação devem ir até os médicos e enfermeiros e perguntar o que eles querem e precisam. ?Acredito que a razão das pessoas não estarem ouvindo (os médicos) entre outras coisas é porque sabem que os médicos não ficaram felizes com o que está sendo oferecido, porque toma mais tempo e é mais complexo?.
O programa de incentivo federal de US$ 27 bilhões para o ?uso significativo? dos EMRs ? que começou neste ano ? pode estar levando uma série de organizações de saúde a migrar para o digital antes de estarem prontas e aceitar produtos que não vão de encontro às suas necessidades.
?Não vamos gastar toda a receita em 2011 se todos podem fazer um trabalho melhor se esperar até 2012 ou 2013?, afirmou Kneipper.
Ele também quer que o governo exija mais dos fornecedores. ?Observo-os recuando continuamente e dando mais tempo com menos exigências a cumprir?. Kneipper afirma ainda que se estivesse no comando enfatizaria na interoperabilidade. ?Eu diria que a interoperabilidade tem que se adiantar. E as pessoas responderiam ?Não podemos fazer isso?, tudo bem, é só desacelerar os EMRs, mas depois fazer com que ele aconteça da maneira correta?.
Outro elemento fundamental é o apoio à decisão clínica. O estágio 1 do uso significativo requer apenas uma regra para apoio à decisão clínica, e não as cinco da proposta anterior. Kneipper diz que os médicos contam a ele que têm muitos dados, mas nada que possam usar, apesar de muitos EMRs fornecerem capacidades de relatórios.
Kneipper também avisou sobre os EMRs serem implementados como projetos tecnológicos em vez de projetos de melhoria da qualidade. ?Se é um projeto de melhoria de qualidade, as pessoas envolvidas não têm que ser os técnicos e sim os médicos e profissionais hospitalares e os enfermeiros, eles então discutirão como melhorar o cuidado ao paciente, como melhorar a eficiência do processo com um todo. Os resultados seriam completamente diferentes?.
?Há uma grande oportunidade aqui se isso for feito pelo ponto de vista dos médicos?.
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