Você já imaginou empresas com acesso à uma ferramenta virtual que possibilite uma análise que antecipe movimentos e tendências de mercado, clientes, consumidores e concorrentes, mas também minimizar riscos empresariais, de forma ética e legal? O que parece distante tem sido cada vez comum nas empresas brasileiras. É o que tem se denominado de Inteligência Empresarial e que a cada dia vem ganhando seguidores, sendo crescente o número de organizações e empresas que investem em práticas de Inteligência.
De acordo com definição da especialista em Marketing, Daniela Ramos Teixeira, em artigo na Revista ESPM, inteligência empresarial é a capacidade de uma empresa para capturar, selecionar, analisar e gerenciar as informações relevantes para a gestão do negócio com o objetivo de inovar e criar conhecimento, reduz os riscos na tomada de decisão e evita surpresas, direcionando, assertivamente, os planos de negócios e a implementação de ações. E a tecnologia tem sido uma aliada nesse processo. No Piauí, foi criada uma ferramenta, denominada Sense, que contribuir na gestão da empresa, além de criar oportunidades de negócios. A plataforma serve para implementação de sistemas especializados, capazes de fazer aconselhamentos em pontos específicos de um processo de negócio e contabilizar informações estatísticas na forma de indicadores. Um sistema inovador que possui um alto grau de inteligência computacional inserida.
“Com relação às contabilizações, com esse sistema é possível definir indicadores com base nas informações disponíveis no domínio, onde está plugado, e confrontar os valores com limites de referência. Através dessa comparação é possível monitorar um determinado aspecto ou comportamento de um ator dentro de um processo de negócio”, explicou Ney Paranaguá, da Infoway, responsável pela criação da plataforma.
Na prática, os planos de saúde têm saído na frente e utilizado em seus sistemas de gestão a Inteligência Empresarial, seja na iniciativa privada ou pública. É o caso do Uniplam, do Instituto de Assistência e Previdência do Estado do Piauí (Iapep), e o Instituto de Previdência do Município de Teresina (IPMT), planos de saúde públicos do Estado e de Teresina, respectivamente. Para saber a relação entre exames e consultas por especialidade, o plano de saúde Uniplam usa o Sense. Todos os indicadores são calculados a partir de informações colhidas por “sensores” durante a execução dos processos, onde o Sense está conectado e disponibilizado imediatamente através de interface gráfica, sem atrasos. Assim, uma faculdade também pode saber a relação entre quantidade de faltas e inadimplência ou a Prefeitura pode medir a quantidade de casos de doenças ligadas ao saneamento básico em uma determinada cidade.
“É possível, por exemplo, você fazer suas metas de vendas em um determinado sistema e em outro armazenar vendas que foram efetivadas”, explica o empresário Ney Paranaguá. Na área da saúde, os gastos e a rotatividade dos procedimentos e dos pacientes são informados pelo software. “Podemos responder prontamente o quanto cada especialidade médica gastou em exames, parâmetro de custo de cada médio, média de exames por cada especialidade, quais são os períodos de maior utilização dos planos e muitas outras informações em tempo real”, afirma. A empresa, especialista em sistemas de gestão, já desenvolveu quatro produtos, três sistemas de gestão e uma ferramenta de business intelligence (Inteligência em negócios ou inteligência empresarial).
Ney Paranaguá, responsável pelo sistema, afirma que o Sense é uma proposta inovadora, onde entrega uma proposta de conhecimento para o cliente. “Não damos apenas o sistema, nós inserimos nele o que o cliente precisa, ou seja, todas as informações sobre o setor dele estarão incluídas na plataforma”, explica, ressaltando que as empresas mais competitivas acumulam inteligência e, as empresas que implementam projetos de inteligência empresarial, são mais competitivas.