A embolização das artérias uterinas, um revolucionário tratamento de mioma que substitui as cirurgias convencionais realizadas com este fim, começa a ser mais conhecida e utilizada na Bahia. A embolização tem sido aplicada com sucesso em substituição à miomectomia, cirurgia para a retirada de mioma, e em substituição à histerectomia, cirurgia para a extração do útero. A principal vantagem desse novo tipo de tratamento é que preserva o útero da mulher, possibilitando-a engravidar depois. “Muitas se tornam aptas a engravidar após se submeterem ao tratamento”, explica o médico intervencionista Marcus Vinicius Borges, do Instituto de Radiologia Intervencionista da Bahia – Inradi (Inradi).
De acordo com dados disponíveis no Instituto de Radiologia Intervencionista da Bahia – Inradi e na Sociedade de Ginecologia da Bahia – Sogiba, cerca de 60% de mulheres com mais de 40 anos apresentam mioma uterino, sendo que o problema afeta ainda mais as mulheres negras que representam 30% desse total. Embora não existam dados que computem o número de pacientes que se submetem à retirada completa do útero com mioma, o volume é tão grande em hospitais públicos que uma paciente precisa ficar de quatro a cinco meses na fila de espera para realizar a cirurgia. E o que é mais agravante: muitas delas estão em idade reprodutiva.
A embolização surgiu como alternativa segura, oferecendo vantagens às pacientes que querem tratar o tumor sem correr o risco da perda