A pesquisadora Anna Shvedova, do Instituto Nacional para Segurança Ocupacional e Saúde do Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (NIOSH/CDC), participou do 7º Seminário Internacional de Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente, organizado pela Fiocruz, de 10 a 12 de novembro, no Rio de Janeiro. Na palestra intitulada Efeitos à saúde de nanomateriais carbonáceos: dos mecanismos às consequências regulatórias, Anna Shvedova apresentou resultados de pesquisa sobre a toxicidade pulmonar de nanotubos de carbono de parede simples.
Nanotubos de carbono de parede simples são formados por uma camada única de átomos de carbono num arranjo cilíndrico, com apenas 1,5 nanômetro de diâmetro e 1 milímetro de comprimento. Esse novo material exibe propriedades físico-químicas, eletrônicas e mecânicas diferenciadas. Por isso, tem múltiplas possibilidades de aplicações tecnológicas, como na indústria eletrônica e de materiais estruturais. Mas os nanotubos de carbono de parede simples também “podem exibir interações incomuns com células e tecidos, de tal modo que são necessários estudos de seus efeitos tóxicos e consequências para a saúde”, adverte Anna Shvedova.
Na pesquisa, animais que inalaram os nanotubos, em doses compatíveis com uma potencial exposição ocupacional, apresentaram efeitos tóxicos nos pulmões, com inflamação aguda e fibrose intensa. Os resultados também apontam para efeitos tóxicos sobre genes e vulnerabilidade a infecções bacterianas. O trabalho pode subsidiar regulações para as atividades ligadas à produção de nanotubos.
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