Um montante de 64.500 horas homem de treinamento em serviço por ano e a participação de mais de 230 colaboradores em cursos de formação técnica, graduação, especializações e pós-graduações. Com números como esses, não é preciso ir muito longe para entender que a educação continuada “está no DNA do Hospital Nossa Senhora de Lourdes”, como gosta de afirmar o diretor geral Fábio Sinisgalli. Sediado na capital paulista, o grupo Nossa Senhora de Lourdes há 20 anos desenvolve um processo de qualidade que vai desde o atendimento ao paciente até uma atenção especial aos 1.500 colaboradores. “Os funcionários sabem que nosso hospital é uma escola. Todos saem daqui com experiência e com uma ótima referência.”
Para garantir essa qualidade, a depuração dos colaboradores começa antes da contratação. Toda empresa interessada em colocar funcionários terceirizados na instituição passa por uma auditoria que verifica se eles seguem os mesmos critérios do hospital. Já que tanto o Hospital Nossa Senhora de Lourdes, como o Hospital da Criança (que também pertence ao grupo), conquistaram a certificação de excelência da Organização Nacional de Acreditação (ONA).
Depois dessa etapa, cada funcionário que passa a integrar a folha de pagamento de uma das 10 empresas coligadas recebe um treinamento e são apresentadas às diretrizes da instituição, ou seja, desde a estrutura até o treinamento prático. “O departamento de Desenvolvimento e Organização garante que mesmo vindo de empresas externas ou coligadas, cada colaborador conheça profundamente a visão do hospital”, explica Sinisgalli.
Programa de Capacitação Profissional
Depois de integrado ao corpo de colaboradores, o empregado passa por contínuos programas de análise de desempenho pelo Programa de Capacitação Profissional (PCP). No caso daqueles em níveis de liderança, é realizado uma avaliação 360º – que prevê uma análise entre superior, subordinados, pares e autoavaliação-, já no nível operacional é utilizada uma ferramenta de desempenho que cuida da atuação do funcionário.
Sendo assim, todos os colaboradores em todos os níveis têm a possibilidade de receber treinamento periódico ou de aperfeiçoamento. Também são realizados diversos cursos internos por departamento, como um MBA de Gestão em Saúde realizado pela Fundação Getúlio Vargas com a liderança da instituição. Outro ponto importante nesta dinâmica é que todas as atividades de educação continuada são planejadas em parceria com os gestores e monitoradas por meio de indicadores e correspondentes análises críticas da reunião de gestão. Além disso, após a aplicação do treinamento, cada gestor preenche um relatório de eficácia, abrindo a possibilidade de uma alteração de processo ou ainda a implantação de um novo projeto pós-treinamento.
Profissional feliz trabalha melhor
“É difícil manter funcionários qualificados, por isso é importante criarmos um bom ambiente de trabalho e também benefícios que atraem esses profissionais”, explica o diretor geral do HNSL. Por essa razão, foi criada em 1993 a Fundação Oswaldo de Souza Mello, que subsidia diversos benefícios, que vão de convênio odontológico até cursos livres de línguas, informática e supletivo para colaboradores – que podem se estender a seus dependentes. Tudo mantido com recursos do hospital e com a contribuição mensal e opcional dos funcionários.
Um segundo estímulo vem do Programa de Incentivo a Qualidade (PIQ), que tem como objetivo servir de ferramenta estratégica de gestão e proporcionar um ambiente cooperativo e com forte carga de estímulos entre a empresa, os funcionários, estagiários, cooperados e seus prestadores de serviço em regime integral. Ou seja, ao mesmo tempo que promove o envolvimento dos participantes como gestores do negócio, também alinha a remuneração aos resultados. “Estamos no rumo certo, porque possuímos objetivos estratégicos que estão dentro da visão do hospital”, conclui Sinisgalli.
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