O empresário Edson Bueno, fundador da Amil, fez uma oferta para aquisição da totalidade das ações da Diagnósticos da América (Dasa). A transação, segundo informações do jornal Valor Econômico, está avaliada em cerca de R$ 3,6 bilhões. A oferta será a R$ 15 por ação, em leilão marcado para acontecer n o dia 22 de janeiro, na BM&FBovespa.
Desde 2010, o empresário e Dulce Pugliese, sua ex-esposa, são os maiores acionistas da Dasa, com 12,03% e 11,56% do capital, respectivamente. Quando foi anunciada a fusão entre Dasa e MD1, em agosto de 2010, o acordo previa que ele não poderia vender sua participação no período de quatro anos. Caso viesse aumentar sua fatia, como está a acontecer, o empresário seria obrigado a acionar a chamada ?pílula de veneno?, estendendo a oferta pelos papéis para todo o mercado.
Ao se tornar o único dono da rede de laboratórios, Bueno firma o pé como um dos grandes empresários de negócios na área de saúde no Brasil. Ele é dono de seis hospitais em São Paulo, Rio e Brasília. Na capital paulista, o empresário é proprietário, por exemplo, dos hospitais Nove de Julho e Santa Paula, que acaba de passar por um processo de expansão com a abertura de uma unidade especializada em atendimento oncológico.
Bueno é ainda presidente e acionista minoritário da Amil, operadora de planos de saúde que foi vendida para a americana UnitedHealth Care em 2012 por quase R$ 10 bilhões — sendo que R$ 6,5 bilhões foram para o seu bolso e de Dulce. Desde a venda da Amil, o empresário buscava novos negócios na área da saúde. Para isso, Bueno montou um “familly office” administrado por seu filho Pedro Bueno, que analisa novas aquisições.
Entre os fundos que detêm as maiores participações na Dasa estão a Oppenheimer Funds, com uma fatia de 10,10%; a Petros (fundo de pensão dos funcionários da Petrobras), que detém 10%; e a Tarpon, com 5%.
*Com informações do jornal Valor Econômico