Desde que surgiu, a BlackBerry foca no setor empresarial e, apesar de não ter feito sucesso entre os consumidores, ela é uma das queridinhas dos negócios, por investir em questões de segurança de informação.

Há dois anos, quando foi lançado o BlackBerry 10, um novo sistema operacional, a saúde foi o maior foco de atenção. A criptografia, as partições criadas e a gestão de mobile device são atrativos do software ao público hospitalar, preocupado com quebra de dados. No CES 2015, por exemplo, Patrick Soon-Shiong, da Nant Health, anunciou que iria trabalhar com a empresa para garantir a segurança de dois sistemas com alto volume de dados de pacientes.

Está sendo especulado que a Samsung fará esta compra e alguns motivos também foram associados ao fato. O primeiro deles é a alta concorrência de mercado para a área de mercado de smartphones e a extensa base de dados de patentes que a BlackBerry possui.

A Samsung não esconde que uma de suas maiores áreas de crescimento é a saúde. A empresa tem investido bastante na área e em diversos níveis, seja fitness ou parcerias com Cleveland Clinic, WellDoc e EarlySense.

Nas conferências de saúde digital e mHealth, os executivos da Samsung têm sido vistos e, certamente, estão nestes locais para reforçar a intenção da empresa no setor. Inclusive, em um desses eventos, o VP Global de saúde, David Rhew, deixou claro que o aplicativo de mHealth S Health, que está conectado com wearable devices, deve ser aperfeiçoado para que seja usado dentro do hospital.

Comprar a BlackBerry seria um movimento natural para Samsung, já que eles firmaram uma parceria no ano passado e, particularmente, porque a Apple firmou uma parceria com a IBM e deve investir no mundo corporativo.

Publicamos, ontem, um infográfico sobre a utilização de sistemas de mensagem instantânea para comunicação e a importância deste tipo de ferramenta em ambientes de saúde, especialmente hospitalares. O tipo de parceria feita entre Samsung e BlackBerry pode transformar as duas empresas em grandes nomes em cada um dos setores, tanto de consumidores quanto de corporações.

No final, em uma parceria entre as duas companhias, quem mais ganha deve ser a saúde. Vamos esperar e torcer para que haja bons produtos.