Pacientes podem encontrar na cirurgia melhora de até 100% dos sintomas
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 30% da população sofre de dor crônica, o que afeta radicalmente a rotina e a qualidade de vida do indivíduo. O neurocirurgião Luiz Claudio Modesto explica que há diferenças que definem a dor como comum ou crônica, sem que possam ser confundidas. “Dor crônica é aquela que persiste prolongadamente, em uma ou varias partes do corpo, por mais de seis meses, mesmo em estágios de tecido cicatrizado ou recuperado”, esclarece o especialista.
Boa parcela dos pacientes encontra no tratamento multidisciplinar – com medicação específica, acompanhamento psicológico, fisioterapia e/ou acupuntura – o controle dos sintomas, mas existem aqueles que não respondem aos tratamentos ambulatoriais. De acordo com Dr. Modesto, 10% das pessoas que sofrem com dor crônica necessitam de algum tipo de intervenção e dessas 5% têm indicação especifica de cirurgia para o controle dos sintomas.
O especialista lembra que a dor crônica pode ocorrer em qualquer região do organismo, mas quando decorre de lesão no sistema nervoso central ou do periférico, o tratamento é muito complexo e os resultados são menos favoráveis. “Trata-se da chamada dor neuropática, que tem indicação precisa de tratamento por neurocirurgia funcional”, explica. Para esses pacientes, as perspectivas são otimistas: ocorre de 50% a 100% de melhora nos sintomas, dependendo da condição.