Beijo, uma forma carinhosa mundial de demonstrar um sentimento tão nobre para com o próximo. Porém, atrás desse gesto pode estar escondida uma doença pouco difundida entre a sociedade, a Mononucleose Infecciosa (MI), ou mais conhecida popularmente como a “Doença do Beijo”.

Por se tratar de uma doença infecciosa causada pelo vírus Epstein-Barr (VEB), do grupo Herpes1, o Dr. Arnaldo Guilherme B. Tamiso, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, chama a atenção da população para que no Dia Mundial do Beijo, 13 de abril, as pessoas entendam os riscos de possíveis enfermidades que podem ser adquiridas pela troca de saliva, objetos contaminados ou por transfusão de sangue.

A transmissão ocorre, normalmente, no período de incubação que dura de 30 a 45 dias. Uma vez infectada, a pessoa pode permanecer com o vírus no organismo para o resto de sua vida. Segundo o otorrinolaringologista, a mononucleose acomete, principalmente, jovens entre 15 e 25 anos e pode ser facilmente confundida com outras doenças respiratórias.

Os sintomas frequentes e progressivos são a dor de garganta, febre, calafrio, inchaço dos glânglios (ínguas), fadiga, mal-estar e sudorese. “Vale ressaltar que é algo sério, pois pode comprometer o sistema linforreticular, em especial o fígado e baço, além disso, esse vírus pode desencadear alguns tipos de câncer como linfomas”, explica o especialista.

Não existe uma vacina ou medicamento específico para prevenir a mononucleose e o tratamento recomendado é como nas demais viroses, ou seja, combater os sintomas com antitérmicos, analgésicos, anti-inflamatórios, hidratação e bastante repouso.

A orientação do dr. Arnaldo é procurar ajuda médica ao menor sinal de algum dos sintomas descritos anteriormente. “Com o exame clínico do paciente e o exame laboratorial, feito através da detecção do anticorpo contra o vírus EBV, é possível detectar o problema e indicar o tratamento adequado”, finaliza.