O carnaval é considerado a última festa antes de o brasileiro “pegar no batente”. Para muitas pessoas, principalmente para os adolescentes, é também o momento de uma atividade-extra na festa: o beijo na boca. O problema, entretanto, é que apesar de ser muito prazeroso, o contato pode transmitir uma doença chamada mononucleose infecciosa, popularmente conhecida como Doença do Beijo, que tem possibilidade de se transformar em meningite, anemia hemolítica e outras moléstias mais sérias.
Causada pelo vírus Epstein-Barr, a mononucleose é altamente contagiosa e pode ser transmitida por transfusão de sangue, contato sexual e, principalmente, pela saliva. Atinge qualquer faixa etária, mas é bem comum entre adolescentes e jovens adultos. De acordo com Jaime Rocha, infectologista do Exame Medicina Diagnóstica/DASA, alguns cuidados pessoais podem evitar a contaminação. “Os principais fatores para a proliferação da mononucleose são as más condições de higiene pessoal e a grande concentração de pessoas em um pequeno espaço, que propicia aglomeração e facilita a dispersão do vírus”, afirma.
O diagnóstico nem sempre é fácil porque outras viroses também apresentam quadro clínico semelhante. No momento da análise, o médico tem que se basear na história epidemiológica, quadro clínico e em exames complementares sugestivos. “Exames laboratoriais podem apresentar presença de linfócitos atípicos e orientar ao médico a que deve tratar”, diz o médico.