Os críticos do Projeto de Lei 2295/00, que reduz de 44 para 30 horas a carga semanal de trabalho dos profissionais de enfermagem, devem procurar os líderes partidários para tentar aprofundar o debate sobre a proposta. A sugestão foi dada nesta quarta-feira pelo presidente Michel Temer a secretários estaduais e municipais, empresários e representantes do Ministério da Saúde que vieram à Câmara pedir mais discussão sobre o projeto, originário do Senado.
De acordo com o ministério, o impacto dessa medida e da implantação do piso nacional da categoria seria de mais de R$ 23 bilhões anuais, e dobraria a despesa com o programa Saúde da Família, que hoje custa R$ 2 bilhões.
Para o presidente da Confederação Nacional da Saúde, José Carlos Abrahão, não há como suportar a redução da jornada. “Cerca de 30% da força de trabalho são da área de enfermagem. O setor quebraria”, afirmou.
Temer informou que o projeto está em uma pré-pauta elaborada pelos líderes, mas ainda não foi incluído na pauta do Plenário para as próximas semanas. “Eu sugiro que os senhores procurem sensibilizar os líderes com esses dados que me apresentaram e tentem aprofundar o debate sobre o assunto”, disse o presidente.
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Discussão sobre redução de carga horária de enfermeiros vai longe
O impacto dessa medida e da implantação do piso nacional da categoria seria de mais de R$ 23 bilhões anuais
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