A presidente Dilma Rousseff anunciou, nesta quarta-feira, (27), um pacote de medicas para tentar recuperar o ritmo econômico no fim do ano a garantir melhores taxas em 2013.As medidas estão focadas na área de compras governamentais voltadas para o setor de bens de capital e equipamentos, entre eles a saúde.
Sendo assim, os equipamentos de saúde fabricados por empresas nacionais terão preferência nas compras públicas. Nele, serão estabelecidas margens de preferência de 8% a 25% para aquisição de equipamentos produzidos no país.
Mais de 80 itens, entre os quais, tomógrafo e aparelho de hemodiálise, poderão ser adquiridos pelo SUS com preços até 25% superiores aos dos demais, de acordo com a complexidade tecnológica e a importância para o sistema público. No evento – realizado nesta manhã, em solenidade no Palácio do Planalto – a presidenta também anunciou a abertura de uma linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para compra de equipamentos em saúde pelos estados e municípios.
O financiamento exigirá, no mínimo, 60%, de índice de nacionalização para estimular a produção verticalizada de equipamentos médicos no Brasil. O ministro da saúde, Alexandre Padilha, conta que as medidas têm como objetivo revitalizar a indústria nacional de equipamentos e reduzir a dependência do mercado internacional. Segundo o ministro, o financiamento do BNDES vai permitir que estados e municípios equipem e modernizem a rede de saúde pública, desde a atenção básica até a alta complexidade.
Medicamentos
A Saúde foi a primeira área a adotar margens adicionais para produção estratégica, selecionando produtos biológicos com grande aplicação em oncologia e em outras doenças crônicas relevantes. A medida que estabeleceu margens de preferência para medicamentos produzidos nacionalmente, já está valendo desde maio. Estão contemplados 126 produtos de saúde, que podem ser adquiridos por preços até 25% superiores aos dos demais, de acordo com a complexidade tecnológica e a importância para o sistema público.
São 78 medicamentos e fármacos, quatro insumos e 44 produtos biológicos. A margem de preferência é calculada em termos percentuais em relação à proposta melhor classificada para produtos manufaturados estrangeiros no processo licitatório.
As compras dos medicamentos e vacinas corresponderam, em 2011, a R$ 4 bilhões (do total dos R$ 12 bilhões gastos com medicamentos) e respondem por cerca de 20% do déficit externo do setor. Com a aplicação das margens, estima-se impacto no mercado nacional de R$ 2 bilhões e geração de cinco mil empregos, além da arrecadação adicional de R$ 50 milhões.
Dilma assina pacote que favorece a produção nacional em compras públicas
Mais de 80 itens, entre os quais, tomógrafo e aparelho de hemodiálise poderão ser adquiridos pelo SUS com preços até 25% superiores aos dos demais, de acordo com sua complexidade tecnológica e importância
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