Cada vez mais neurologistas e psiquiatras recorrem à medicina nuclear para diagnosticar seus pacientes com maior precisão e segurança. O médico nuclear Marcelo Gomes, do Grupo Núcleos, explica que transtornos psiquiátricos de comportamento ou demências são melhor avaliados atualmente graças à cintilografia de perfusão cerebral, por SPECT ou PET. “Esse tipo de exame por imagem avalia o metabolismo e o fluxo sanguíneo cerebral regional e, por isso, permite diagnósticos diferenciais mais precisos e precoces em comparação a outros métodos que mostram apenas alterações estruturais”, explica o especialista. “De acordo com os padrões encontrados em cada exame, podemos diferenciar doenças como Mal de Alzheimer da Doença de Pick, ou depressão dos transtornos de bipolaridade, por exemplo”, descreve. O SPECT cerebral também é utilizado na avaliação e no seguimento desses distúrbios neuropsiquiátricos. Outra aplicação se dá durante o acompanhamento de pacientes em tratamento por drogadição. A cintilografia de perfusão cerebral começou a se desenvolver mais intensamente quando foram descobertas substâncias capazes de atravessar a barreira hematoencefálica – membrana que envolve o encéfalo e impede a entrada de substâncias tóxicas presentes no organismo. Recentemente, o diagnóstico por imagem vem se firmando como um método seguro e confiável no suporte às diversas especialidades médicas.