O terceiro dia do 18º Congresso Mundial de Epidemiologia e 7º Congresso Brasileiro de Epidemiologia terá uma atração à parte: o lançamento do relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre determinantes sociais. A apresentação será feita, de manhã, pelo chefe do Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública do London of College, Sir Michael Marmot. Esta é a primeira vez que Marmot apresentará no Brasil o relatório da OMS, e que contém uma advertência: tecnologia não significa sinônimo de saúde, ao chamar a atenção para a necessidade de investimentos pelos governos em melhores condições de vida para os cidadãos. Marmot também falará sobre os próximos passos relacionados às recomendações contidas no relatório da OMS.
O secretário-executivo da Comissão Nacional das Determinantes Sociais (CNDS), Alberto Pellegrini, da Fiocruz, participará de uma das sessões coordenadas por Marmot, oportunida em que abordará o que poderá ser feito pelo Ministério da Saúde para que o Sistema Único de Saúde (SUS) incorpore as recomendações contidas no relatório coordenado por Marmot.
Além das determinantes sociais em saúde, estarão em destaque a saúde do idoso, a questão do aborto, o rastreamento do câncer e o desafio representado pela necessidade do controle da dengue. Também serão apresentados novos modelos estatísticos, utilizados na prevenção de doenças. Richard Peto, da Inglaterra, abordará as novas estratégias para a realização de estudos prospectivos.
Um dos maiores especialistas mundiais em Terceira Idade, o brasileiro Alexandre Kalache falará sobre um tema que está diretamente ligado às determinantes sociais: De cidades saudáveis a espaços urbanos “amigos da idade”: movimentos globais em andamento. E Cláudio José Struchiner vai falar sobre os aspectos moleculares, genéticos e evolutivos relacionados à epidemiologia das doenças transmitidas por vetores.
Promovidos pela Associação Internacional de Epidemiologia (IEA, na sigla em inglês) e pela Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), os dois congressos reúnem na capital gaúcha, até amanhã, especialistas de mais de 50 países. Durante o evento, serão apresentados e discutidos mais de seis mil comunicações cientificas sobre os mais variados aspectos da saúde pública.
Outros destaques desta 3ª feira (23/09):
Programas de transferência de renda na América Latina: impacto na saúde;
Vigilância de doenças e agravos não transmissíveis no Brasil;
Ensaios clínicos em doenças tropicais: boas práticas clínicas, análise de dados e metanálise;
Situação da hanseníase no Brasil.
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