Chicago (EUA) – Com o declínio das vendas de equipamentos nos Estados Unidos e a estagnação na Europa, a Philips fortalece cada vez mais sua atuação nos mercados emergentes da América Latina, especialmente no Brasil e México, Índia, Rússia e China, que são conhecidos na empresa como LIRC.
Com uma fábrica e um centro de Pesquisa e Desenvolvimento recentemente inaugurados na China, que receberam investimentos de US$ 54 milhões, a empresa quer a liderança do mercado de saúde no LIRC. “Em 2020, 75% das mortes por câncer serão registradas nos países emergentes e China e Índia terão os maiores índices de doenças cardíacas. Além disso, estas nações vão concentrar 85% da população do mundo em 2050. Por isso, vamos desenvolver produtos específicos para elas”, conta o CEO para mercados emergentes da Philips Healthcare, Ronald de Jong.
A dedicação ao LIRC não se restringe à área de saúde. “Estamos com um bom crescimento nos países emergentes e a Philips manterá a ênfase neles, não só em saúde, mas também nas áreas de iluminação e estilo de vida. Nossa estratégia dos três últimos anos, de expandir o desenvolvimento dos produtos de middle e low end, nos levou a um ganho importante de market share”, observa o CEO da Philips Healthcare, Steve Rusckowski.
Rusckowski também se diz surpreso com a mudança do perfil de consumo nestas nações. “Os maiores mercados para equipamentos high end ainda são Europa e Estados Unidos, mas agora estes produtos se expandem para o mundo. Não imaginaria que isso fosse acontecer tão rápido, mas este ano vamos vender mais tomógrafos de 256 cortes na China do que nos EUA.”
No Brasil, o mercado de diagnóstico por imagem já é de U$ 400 milhões. “Embora empenhem um percentual pequeno do PIB em saúde, os países da América Latina mantém um crescimento consistente. No Brasil, o volume de licitações cresceu significativamente no último semestre”, conta o vice-presidente para a área de Cuidados da Saúde da Philips na América Latina, Daurio Speranzini Jr.
Com as duas aquisições nacionais, a VMI em 2007 e a Dixtal em 2008, a Philips quer desenvolver pesquisas locais e ampliar a atuação na área de cuidados críticos. “Já temos 75 pesquisadores no Brasil e assinamos um protocolo de intenções para o desenvolvimento de tecnologia com o Hospital das Clínicas e a Escola Politécnica, da USP. Acredito que estas pesquisas locais podem resultar em soluções que atendam às necessidades tanto dos países emergentes, como dos maduros”, diz o executivo brasileiro.
Com vistas à melhoria dos serviços em campo, em 2010, a empresa irá investir nos serviços de call center e pretende aumentar seu quadro de engenheiros, hoje composto por 150 profissionais, em 15%.
A operação brasileira também será polo de exportações para a América Latina. “Definimos no planejamento que 10% das vendas devem vir de outros países e, até agora, já vendemos para o México, Argentina, Chile, Peru, República Dominicana e Costa Rica”, revela Speranzini Jr.
“Queremos entregar melhores resultados clínicos, com equipamentos mais eficientes, mais econômicos e mais fáceis de usar. Observamos que menos pessoas estão consumindo produtos premium e mais pessoas estão buscando melhor desempenho. O objetivo é tornar nossos produtos acessíveis para todos os mercados do mundo”, finaliza o CEO de Sistemas de Imagem, Gene Saragnese.
*Cylene Souza viajou representando a IT Mídia a convite da Philips do Brasil. 
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