Avaliação clínica detalhada é um dos mais precisos meios para se individualizar tratamentos
Foi-se o tempo eu que fazer check-up significava ser submetido a uma bateria infindável de exames. Hoje, a checagem do estado geral da saúde de um indivíduo passa, em primeiro lugar, por avaliação clínica extremamente personalizada, considerando sexo, faixa etária, histórico familiar, hábitos, exame físico detalhado de especialistas e eventuais sintomas apresentados. “Desta forma seremos mais precisos e entenderemos melhor quais exames complementares solicitar, individualizando a avaliação de cada paciente”, destaca o cardiologista Vitor Barzilai, do Total Care DF.
Nas mulheres, a atenção tem sido redobrada, pois elas passaram a ter mais problemas com a mudança do estilo de vida. Além do câncer de mama, outra doença que tem alarmado os especialistas é a cardiovascular, antes conhecida como “doença de homem”. Essa se tornou a maior causa de mortalidade em ambos os sexos. Os homens estão à frente das mulheres nessa estatística apenas até a idade de 40 anos da mulher.
A principal causa são os fatores psicossociais, pois desde que as mulheres passaram a participar do orçamento da família, passaram também a experimentar o estresse do cotidiano e a competição profissional, além do sedentarismo, alimentação pouco balanceada e rica em gorduras e carboidratos não-complexos. O tabagismo é outro fator de risco que pesa, ele está entre os três principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, juntamente com a hipertensão e a dislipidemia.
Assim, é de suma importância um check up voltado especialmente para a mulher. Entre os exames estão o papanicolau, teste que deve ser feito anualmente em mulheres sexualmente ativas para detecção do câncer de colo de útero, que apresenta elevadas chances de cura desde que diagnosticado na fase inicial. “Existe relação direta desta doença com a exposição a subtipos de HPV, um tipo de vírus para o qual hoje dispomos de vacina eficaz para seu controle com indicação de vacinação pelo SUS da população feminina infantil”, destaca Dr. Vitor.
No Comando – Dr. Barzilai destaca que o bom check up é seguido de orientações também personalizadas. “O indivíduo deve estar aberto à mudança de hábitos. O exercício diário e a alimentação são determinantes para que se viva bem”, destaca. De nada adianta ir ao médico regularmente sem combater os principais riscos à saúde: o sobrepeso e a obesidade, o sedentarismo, o tabagismo, entre outros. “É igualmente importante observar os sinais que o organismo emite e não se automedicar”, complementa o cardiologista.