Como se não bastasse as agruras em que vive o setor de saúde suplementar, com a maioria das empresas se equilibrando perigosamente na difícil linha entre custos e atendimento, a GEAP vem sofrendo constantes interferências externas em sua administração, o que nos faz duvidar até que ponto ela vai resistir.

Tudo começou com o TCU impondo restrições a convênios que não sejam dos três ministérios originais (Saúde, Previdência Social e Trabalho), em face da apelação de uma empresa do setor privado. O relator foi o honrado Ministro Ubiratan Aguiar, hoje presidente daquela Corte, a quem conheço há mais de 40 anos e posso assegurar que ele nunca utilizou a GEAP. Portanto, desconhece a sua importância para nós, pobres servidores e dependentes de outros órgãos.

O assunto ainda está no Supremo Tribunal Federal sob vistas do Ministro Ricardo Lewandowski para ser decidido; agora, o deputado Celso Russomano está questionando a GEAP através da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, para verificar a aplicação de recursos destinados à assistência médica.

Apenas quem não tem conhecimento das peculiaridades dos planos de saúde é que pode dificultar a vida da GEAP, quando todos nós deveríamos, isto sim, ajudá-la a cuidar dos seus quase 350 mil idosos, centenas deles com mais de 100 anos de idade.

E é claro que o mercado está de olho nos clientes que ficarem desamparados! Quem não estaria?

Josué Fermon, Consultor em Saúde Suplementar

www.fermon.com.br