A Dalkia Brasil, empresa subsidiária do Grupo Veolia, anunciou na noite desta quinta-feira (5), em evento para o mercado, a venda de 90% do capital da empresa para o fundo de private equity Axxon e os 10% restantes para três executivos, além de uma pequena parte para o fundo Marceau Finance. Com a mudança, a marca passa a se chamar Vivante.
A mudança de estratégia tem o objetivo de atuar mais fortemente nas áreas de facilities e manutenção ? onde está a atuação da marca em saúde – e deixar o foco na parte de energia. ?Tentamos ser uma empresa que nunca fomos?, disse o CEO da marca, Phillipe Enaud, durante o evento, acrescentando que ?somos uma empresa de facilities e manutenção com muito orgulho?.
Enaud é um dos fundadores da Dalkia Brasil, onde atuou até 2006 como diretor geral. Depois assumiu diversos cargos da marca na Europa e voltou no ano passado assumindo a posição de CEO da Dalkia no Brasil. Segundo ele, ao voltar ao Brasil já existia o pensamento sobre a operação com um fundo de investimento.
?Francês de sangue e brasileiro de alma? como se define, Enaud continuará como CEO da Vivante e é um dos três novos acionistas da marca dividindo com Hamilton Quirino e Kleber Lima, os 10% do capital da companhia. O fundo Marceau deterá uma parte simbólica.
Saúde
Enaud promete continuar com foco nas Parcerias Público Privadas (PPP), onde tem como modelo a primeira PPP em um hospital brasileiro: o Hospital do Subúrbio em Salvador por meio do consórcio Prodal (Promédica e Dalkia). Outra PPP já está fechada, desta vez em Belo Horizonte (MG) para construção do Hospital Novo Metropolitano, consórcio montado entre a marca, a Andrade Gutierrez e a Gocil Segurança e Serviços, conforme noticiado pelo Saúde Web. Ainda sobre as mudanças, Saúde ganhou um diretoria específica por conta das particularidades do mercado. A área será dirigida por Daniel Figueiredo, que ocupava a posição de diretor comercial.
O valor da operação não foi revelado, mas em 2012, a empresa R$ 330 milhões em todas divisões, e alcançou um crescimento de aproximadamente 15%. A companhia tem cerca de 4.500 colaboradores e, segundo o executivo, promete repetir o desempenho do ano passado com um faturamento aproximado. A Vivante quer crescer em todos os segmentos e atingir a meta de R$ 600 milhões de faturamento em 2017. Enaud também não descarta uma futura abertura de capital, mas deixou claro que isso ?dependerá do crescimento?.
Informações atualizadas em 6 de setembro às 14:47hs
Atualizado para correção de informações às 16:45hs
Dalkia Brasil é vendida para fundos e executivos
Negócio coloca maior parte da empresa nas mãos do fundo Axxon, e os 10% restantes ficam com três acionistas, entre eles o CEO da companhia, Phillipe Enaud
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