Quem nunca comeu iogurte ao menos uma vez na vida, não sabe o que está perdendo, não é mesmo? Aproveitando o verão e para ajudar na manutenção de hábitos saudáveis na alimentação, consultamos a nutricionista credenciada da Paraná Clínicas, Dagmarcia Tumeo, para saber mais sobre os benefícios que o alimento traz para a saúde.

Com um sabor que agrada facilmente qualquer paladar, o iogurte possui propriedades benéficas. O aparelho digestivo contém bactérias benéficas ao corpo, que auxiliam na digestão dos alimentos e são necessárias para produção de certas vitaminas. As bactérias “do bem” contidas no iogurte são responsáveis pela manutenção de uma flora intestinal normal e também evitam o crescimento de micro-organismos indesejáveis, aqueles que causam doenças.

Segundo Dagmarcia, o iogurte também é uma ótima fonte de cálcio. “Uma vez que durante a fermentação, a proteína, a gordura e a lactose do leite fazem com que o produto seja de fácil digestão, também atua como um agente regulador das funções digestivas”, afirma.

Ainda de acordo com a especialista, numerosos estudos têm sido publicados sobre os efeitos benéficos do produto e as culturas de bactérias usadas em sua produção. “Alguns estudos sobre iogurte mostram que espécies de bactérias produtoras de ácido lático (LAB – Lactobacillus e Streptococcus] individuais, podem promover benefícios para certas condições gastrointestinais, incluindo a intolerância à lactose, constipação, diarreia, câncer de cólon, doença inflamatória do intestino, infecção por Helicobacter pylori (que infecta a mucosa do estômago, podendo gerar úlceras, gastrites, etc.), e alergias”, comenta.

O iogurte ajuda na produção de anticorpos, hormônios e enzimas, importantes para o metabolismo, além de contribuir para reforçar o sistema imunológico e retardar o envelhecimento; contribui para o fortalecimento dos ossos e do sistema nervoso; a vitamina A, presente no alimento, melhora a saúde da pele, visão, unhas e cabelos; as vitaminas do complexo B proporcionam energia e oxigenam as células; e, no caso das bebidas, podem ser ainda mais nutritivas se misturadas com as frutas, mel e cereais.

Não existem malefícios em relação ao consumo de iogurte, salvos os casos de alergia à proteína do leite. Nesses casos, é recomendada a restrição do produto na alimentação. “O iogurte, por pertencer ao grupo do leite e derivados na pirâmide alimentar, deve ser consumido junto aos demais alimentos desse grupo: queijo, coalhada, etc., em três porções diárias. Essa recomendação é baseada em uma média de consumo para duas mil calorias. Uma porção equivale a medidas usuais de consumo, por exemplo: uma unidade é equivalente a uma xícara de chá”, explica Dagmarcia. A especialista ainda recomenda que as pessoas optem por iogurtes formulados com leite semidesnatado ou desnatado, e sem adição de açúcar.

Dica da especialista: Iogurte natural desnatado, adicionado a morangos, amora, framboesa, mirtilo e açaí são ricos em fitoquímicos (substâncias que ajudam a neutralizar os radicais livres produzidos pelo organismo e atua também na desintoxicação).

Saiba mais sobre os tipos de iogurte encontrados no mercado:

Iogurte Natural: não tem adição de qualquer substância para além das culturas microbianas e do leite. Tem a consistência um pouco mais firme, sabor suave e é ideal para comer puro, com salada de frutas, na preparação de molhos e recheios. Os micro-organismos vivos exercem influência positiva no nosso organismo. Há várias versões desse iogurte, como as com mel e suco de frutas.

Iogurte Desnatado: possui os mesmos benefícios que o iogurte natural. Tem a vantagem de ter menos gordura na sua composição e, com isso, tem baixo valor calórico. Com essa quantidade menor de gordura, é recomendado não só a quem procura emagrecer, mas também aos que estão de olho nos níveis do colesterol.

Iogurte Funcional: desenvolvido especialmente para regularizar o intestino “preso”. Em sua composição conta com a presença do bacilo DanRegularis (Bifidobacterium animalis), que segundo pesquisas é o único que percorre o trato gastrointestinal, chegando vivo e em quantidades grandes ao intestino e, com isso, garante um melhor funcionamento do intestino.

Bebida Láctea: a principal diferença entre iogurte e bebida láctea é uma redução do valor nutritivo do segundo em relação ao primeiro. Além disso, a bebida láctea é mais líquida, enquanto o iogurte é mais consistente. A textura mais leve da bebida é fruto da incorporação de soro de leite, enquanto a base do iogurte é o leite. Pode ser encontrada em diversos sabores.

Leite Fermentado: não é considerado iogurte. Entende-se por leite fermentado ou cultivado o produto na qual a fermentação se realiza com uma ou várias bactérias lácticas que, por sua atividade, contribuem para a determinação das características do produto final.