Em março, foi aprovado o Projeto de Lei do Senado que determina que usuários de serviços de saúde do país passarão a contar com prontuário eletrônico. Com a determinação, as informações dos pacientes atendidos pelo SUS em qualquer parte do país serão documentadas em sistema eletrônico.
O projeto também prevê que o SUS crie um cadastro nacional de usuários e profissionais do setor, e de unidades de saúde públicas e privadas, que deverá ser protegido por sistema de criptografia de segurança de acesso. Pelo cadastro, poderão ser acessados dados sobre exames, internações, receitas médicas, procedimentos laboratoriais e hospitalares, entre outros. A secretaria-executiva do Comitê que conduzirá o projeto ficou a cargo de Jussara Rötzsch, que liderou o projeto da TISS na ANS.
“A criação e utilização de um prontuário único pode ter um impacto extremamente positivo. Mas, para o modelo entrar em vigor, é necessário que se defina uma série de aspectos técnicos, como padrões para denominação de materiais, medicamento, diagnósticos e até formas de se realizar as prescrições”, afirma Paulo Porto, diretor Comercial da Wareline do Brasil. Para ele, é imprescindível a adoção dos critérios de segurança e confidencialidade dos dados, além da escolha de um vocabulário comum para todos esses usuários. “Como são muitas modificações na forma de trabalho do setor, elas deverão ser graduais e bem respaldadas pelas melhores práticas internacionais”.