Mudança do cenário pode partir da relação das empresas com a preocupação de seus colaboradores

O Ministério da Saúde fez mais um alerta sobre a questão da obesidade no Brasil. Foi divulgada nesta terça-feira, pelo ministro da saúde, Alexandre Padilha, pesquisa elaborada pela Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) sobre o crescimento do problema no território nacional.

Segundo o estudo, metade da população brasileira, 49%, sofre de excesso de peso. O número reflete levantamento elaborado com o público masculino e feminino nas 26 capitas e no Distrito Federal, contabilizando 54 mil entrevistados em 2011. Os questionamentos eram voltados para hábitos alimentares, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, tabagismo e atividades físicas.

Mas o que pode caminhar em paralelo com a preocupação da abrangência do malefício por diversas vezes é deixado de lado e, quando aparece, pode ser fatal devido à sua proporção. Professor de educação física da LIFE PQV, Márcio Aldecoa explica que o sedentarismo não aparece na pesquisa, entretanto, tem forte ligação com a obesidade. A pessoa quando deixa de praticar exercícios físicos já começa a alimentar a veio sedentária, também por encontrar desgaste diária na execução de suas tarefas, seja no trabalho e em casa. “O sedentarismo pode causar não só obesidade, mas sim, pressão alta, doenças cardíacas e alto nível de estresse, entre outros problemas”, reforça o profissional.

É por isso que um pontapé para livra-se do sedentarismo pode ser a partir da implementação por parte das empresas na aplicação de atividades físicas no ambiente. “A empresa mostrando preocupação com o bem-estar de seu funcionário serve de injeção de ânimo para o próprio começar a literalmente se mexer. O exemplo simples é a aula de ginástica laboral no trabalho, que faz séries de movimentações que previnem problemas nas articulações, entretanto, também exercitam o corpo e faz o colaborador largar o comodismo corporal”, argumenta Aldecoa.

A repaginação no local de trabalho deve ser apenas o trampolim para demais mudanças na rotina do dia a dia. O estímulo partindo do trabalho desencadeia o interesse em logo tirar do papel a ideia de fazer exercícios físicos após o expediente. Contudo, deve-se tomar cuidados para a busca por qualidade de vida ser realizada de maneira exata. “Quem nunca fez exercício físico quer logo começar praticando o mais rápido possível, sem saber seus limites. Isso, na verdade, pode ser mais um fator negativo na busca pela qualidade de vida. O primeiro passo para começar a livra-se do sedentarismo é procurar um médico e fazer o famoso “check-up” para verificar as condições físicas. Após os resultados, aí sim podemos começar com atividades físicas. O ponto de partida pode ser uma caminhada de forma regrada todos os dias, ou, se preferir, três vezes por semana”, enfatiza o professor de educação física.

Alimentação sofre alteração – Outra fator importante segundo Márcio trata-se da auto-correção saudável, que pode ser obtida na troca do uso do elevador pela escada ou deixar de lado ir a certo local de carro e optar por ir caminhando. Além disso, é claro, ficar mais atento com a alimentação. “Reduzir a ingestão de açúcares e frituras não é fácil. Entretanto, ajuda bastante o seu organismo na luta contra o sedentarismo. Aos poucos você pode optar por comidas mais leves, ricas em proteínas e vitaminas. No caso do líquido, por exemplo, a substituição de bebidas como refrigerantes pelo consumo exacerbado de água ajuda bastante”, argumenta o também diretor da LIFE PQV, empresa especializada em prestação de serviços ligados à qualidade de vida.

De bem com a saúde – Ao mudar sua rotina para desaparecer com o sedentarismo, a melhora da parte física é consequência. O que também deve receber injeção de ânimo é o psicológico. “Os exercícios melhoram a autoestima, alivia o estresse, diminui a depressão e mantém a autonomia e o convício social, já no primeiro instante. As melhoras físicas demoram um pouco mais para serem notadas, período de um mês. Mas os pontos atingidos são: diminuição de peso, de níveis de colesterol, de diabetes, hipertensão e doenças de coração”, afirma Márcio Aldecoa.