O alerta vem da Mayo Clinic, nos Estados Unidos: cresce a incidência do melanoma em jovens. Pesquisadores envolvidos com o estudo recém-publicado atribuem o aumento desse tipo de câncer de pele ao uso de câmaras bronzeadoras e à insuficiente proteção contra os raios solares na infância. Entre 1970 e 2009, o diagnóstico da doença cresceu 800% em mulheres e 400% em homens norte-americanos.

O estudo aponta que as jovens entre 20 e 30 anos são as mais atingidas. Apesar de reconhecerem os malefícios, as meninas mantêm o hábito de se bronzear regularmente. “Com a exposição inadequada ao sol, passam a experimentar um incremento considerável nos riscos para desenvolvimento do melanoma”, destaca a dermatologista Cristiane Dal Magro. No Brasil, a expectativa é de 6 mil novos diagnósticos da doença em 2012. “Quando comparado aos 134 mil casos de câncer de pele não melanoma o número parece baixo. Contudo, trata-se de um tumor extremamente agressivo”, ressalta a médica.

Embora não haja números locais, a posição geográfica de Brasília favorece maior intensidade da radiação UV. “A cada 1.000 metros de elevação em relação ao nível do mar, quase que exatamente a posição da capital federal, a vermelhidão produzida pelo sol na pele aumenta cerca de 10%. Nunca é demais lembrar da relação direta entre radiação solar e câncer de pele”, comenta Dra. Cristiane. Além disso, o clima tropical de altitude propicia a prática de atividades ao ar livre, promovendo com isso maior exposição da pele.

O melanoma pode se iniciar como uma pinta ou sinal. São lesões escuras, maiores de 6 milímetros de diâmetro, assimétricas, irregulares e com cores diversas. Vão mudando seu aspecto à medida que o tempo passa. “Para indivíduos com pintas pelo corpo, recomenda-se o auto-exame das mesmas, com a ajuda de um ou dois espelhos, procurando por mudanças de aspecto. Também é recomendado exame clínico anual pelo dermatologista. Em casos selecionados, o dermatologista deverá realizar o exame clínico e, também, a dermatoscopia para avaliar a necessidade de remoção da lesão por suspeita de malignidade”, esclarece Dra. Cristiane.