O último levantamento realizado pelo Conselho Regional de Medicina (Cremesp) aponta um novo perfil do médico que atua no Estado de São Paulo. O estudo teve como base 92.500 médicos.
Dentre as principais conclusões, está a maior participação das mulheres neste mercado. Entre os 3.030 formandos que se inscreveram em 2006, 1.568 eram mulheres e 1.462, homens. Em percentual, 51,75% dos que se iniciaram na carreira eram médicas, 48,25% eram médicos.
Já a média de idade do médicos é em torno de 42 anos, o que aponta um perfil também mais jovem. Cerca de 28,67% dos profissionais está no exercício da medicina há nove anos ou menos. Metade desse grupo, ou 14,42% do total de médicos, trabalha há quatro anos ou menos.
A mudança também ocorreu no crescimento do número de médicos. De 1980 a 2006, a população do Estado de São Paulo cresceu 63,94%, enquanto o número de médicos em atividade aumentou 247,41%. A população passou de 25.042.074 para 41.055.761 e o contingente de médicos subiu de 26.630 para 92.558. Em 1980, havia 1,06 médico por mil habitantes, ou 940,4 moradores para cada médico. Hoje a taxa no Estado é de 2,3 médicos por mil habitantes, ou 444 moradores para cada médico. 65% dos médicos do Estado estão morando – e provavelmente atuando – onde residem 41% da população.
Quanto a concentração por cidade, Botucatu, Santos e Ribeirão Preto ficaram entre as com maior número de médicos. Botucatu tem a maior taxa, com 6,10 médicos por mil habitantes. Santos tem 5,94 médicos por mil. Em seguida vêm Ribeirão Preto, com 5,70 médicos para cada mil habitantes; Campinas, com 4,84 médicos por mil; São Caetano do Sul, com 4,45 por mil; São José do Rio Preto, que tem 4,30 médicos por mil habitantes e São Paulo, com taxa de 3,96.
Um problema também apontado pelo estudo é a questão da residência médica. Menos de 40% dos médicos cursaram Residência Médica. Em São Paulo 61% dos profissionais em atuação não cursaram Residência Médica. Este dado refere-se ao universo de médicos formados entre 1996 e 2005, com registro da informação (se tem ou não Residência) na Comissão Nacional de Residência Médica e no Conselho Federal de Medicina.
Confira o estudo na íntegra: http://www.cremesp.org.br