O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) notificou na quarta-feira (8) a direção do Hospital Evandro Freire, na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro, e a Secretaria Municipal de Saúde. A unidade, inaugurada em março do ano passado pela presidente Dilma Rousseff, deve funcionar em capacidade total, diz o documento.
A fiscalização feita pelo Cremerj, no último dia 26 de dezembro, constatou que 55% da capacidade do hospital estão sendo utilizados.
?Nós constatamos que existe uma enfermaria com mais de 25 leitos fechada e uma UTI [unidade de tratamento intensivo] com cerca de 20 leitos, toda equipada, também fechada?, disse à Agência Brasil o presidente do Cremerj, Sidnei Ferreira. Para ele, o problema se agrava ante a carência de vagas na rede hospitalar do Rio de Janeiro, enfatizou.
?Existe um déficit diário de mais de 100 leitos. Ou seja, mais de 100 pacientes não conseguem vagas em UTI diariamente, no Rio de Janeiro?, completou. Sidnei Ferreira destacou que se o problema não for resolvido, a entidade entrará com ação no Ministério Público. ?Vamos ao Ministério Público e a todas as instâncias?.
O Hospital Evandro Freire, ao contrário do que ocorre com a maioria dos hospitais do Rio, tem uma estrutura montada e adequada para receber pacientes. A unidade tem 120 leitos e capacidade para 6 mil atendimentos mensais, apresentando também leitos destinados ao tratamento de dependentes químicos, principalmente de crack.
Durante a solenidade de entrega do Hospital Evandro Freire à população, em março de 2013, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou portaria que liberava para a prefeitura do Rio de Janeiro recursos do ministério, no montante de R$ 30 milhões, para ajudar a fazer a manutenção do hospital, avaliada em R$ 55 milhões.