É consenso entre especialistas de mercado de que a queda mensal de desemprego de 7% em junho e o aumento de 3,4% do rendimento médio dos trabalhadores em relação ao ano passado são os maiores responsáveis pela alta dos papéis das empresas de saúde ligadas ao varejo.
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A fabricante de produtos médico-hospitalares Cremer e a farmacêutica Drogasil foram as companhias que mais despontaram no mercado acionário em 2010. A Cremer obteve, até o momento, 40% de valorização; enquanto a Drogasil registrou 32%.
A farmacêutica brasileira está com planos agressivos de expansão. Recentemente, a rede anunciou a entrada do Rio de Janeiro com seis lojas no primeiro momento, e com o objetivo de chegar a 40 no médio prazo.
Já a Cremer – que atua em duas frentes: venda de materiais hospitalares (60%) e adesivos industriais (40%) – apresentou um crescimento de receita de 23% no segmento industrial no primeiro trimestre do ano. Apesar de não ser o principal negócio da empresa, é a área que mais cresce, segundo o analista da Planner Corretora, Rafael Burquim.
As ações da Profarma também são indicadas pelos analistas, tendo em vista seus múltiplos de preço/lucro descontados quando comparada às concorrentes.
?O canal varejo é mais promissor no curto prazo. Levando em consideração a conjuntura econômica, as companhias de serviços do setor de saúde também tendem a se valorizar, porém, no longo prazo?, explicou o analista da corretora Spinelli, Kleber Hernandez.
Serviços
De acordo com especialista ouvidos pelo Saúde Business Web, a consolidação por que passa as empresas de planos de saúde e laboratórios fazem com que o segmento obtenha um desempenho mais estável na bolsa.
?De modo geral, os planos de saúde, por exemplo, demoram mais para observar ganhos de margem, pois estão em fase de maturação?, disse Burquim.
Outro lado
Em termos gerais, o setor de saúde apresenta desempenho positivo. No entanto, cada empresa possui suas peculiaridades. A Odontoprev, por exemplo, obteve valorização de 25% no ano, porém, vem sofrendo com maior sinistralidade, causando redução nas margens no primeiro trimestre.
Além disso, segundo Burquim, ela também é impactada pelo aumento das vendas ?casadas? de planos de saúde. Ou seja, com inclusão de cobertura odontológica.
?Em termos de concorrência, eu a vejo em um cenário um negativo?, enfatizou.
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