Com o objetivo de discutir a situação dos cirurgiões cardiovasculares com o SUS, a Cooperativa dos Cirurgiões Cardiovasculares do Rio de Janeiro (Cardiocoop RJ) foi convocada para uma reunião que acontecerá na Associação Médica de Minas Gerais na próxima segunda, 27. Membros de cooperativas que representam a classe em outros estados também vão participar do encontro. Em busca de aumento digno dos honorários médicos, cirurgiões cardíacos do Rio, Bahia e Minas vêm negociando melhor remuneração com o governo e, sem sucesso, ameaçam rescindir o contrato com o SUS, caso não haja acordo.
Em Goiás, depois de se esgotarem todas as tentativas de negociação, os cirurgiões foram obrigados ao descredenciamento no final de 2009 e, desde então, o serviço está interrompido no estado. No Rio um médico pode chegar a receber, em média, menos de 100 reais por uma cirurgia de seis horas.
Se nada mudar até 28 de outubro — prazo anunciado em julho pela Cardiocoop RJ, após exaustivos pedidos de acordo —, a população fluminense também corre o risco de ficar sem a prestação de serviço desta importante especialidade médica. A cada ano, aproximadamente 2.300 cirurgias cardiovasculares são realizadas nos hospitais particulares e filantrópicos do Estado do Rio de Janeiro conveniados ao SUS.