Fazer a gestão da saúde populacional sem tecnologia não seria possível. Dessa forma, a Aliança para a Saúde Populacional (Asap) uniu-se à organização sem fins lucrativos Continua Health Alliance, que propõe ao setor de saúde padrões de interoperabilidade entre equipamentos e dispositivos móveis.
Apesar dos serviços distintos, ambas estão engajadas em desenvolver soluções que melhorem o cuidado de uma população que está envelhecendo e acaba aumentando a prevalência de crônicos no País. A partir da parceria, todos os eventos, fóruns e estudos propostos junto ao mercado e seus respectivos associados terão o apoio institucional das entidades e intercâmbio de conhecimento. “Discutiremos temas em comum. A gente trabalha na melhoria da entrega dos dados para que os gestores tomem a melhor decisão e a Asap foca no modelo de gestão e melhoria do atendimento”, conta o presidente da Continua, Luiz Tizattto, que é também CEO da Unit Care, especializada em atenção domiciliar.
Com foco corporativo e estratégia de angariar mais e mais parceiros associados, as duas instituições fomentam a transformação do modelo de atendimento vigente a fim de preparar o Brasil para essa inversão demográfica. Atualmente a Asap conta com 26 membros e um player importante no radar: a área de Recursos Humanos das empresas. “Tem empresas que contratam um plano de saúde por meio do departamento de compras, olhando apenas preço. Sem se preocupar com a saúde do colaborador”, contou o presidente da Asap, Paulo Marcos Senra, durante o Saúde Business Forum deste ano.
A Asap vislumbra a formação de um ciclo de incentivo de promoção e prevenção partindo não apenas de empresas de assistência, mas principalmente dos departamentos de RH. Distante de ser um coadjuvante, a tecnologia na saúde passou a ser fundamental para que tais trabalhos de promoção e prevenção de uma população sejam realizados e, para isso, “guidelines” precisam ser seguidos.
Nesta função estão os 284 membros da Continua Health Alliance espelhados pelos EUA, Europa e América Latina. Importantes empresas de tecnologia integram a Continua como IBM, Intel e Samsung. Para ser associado é preciso ter expertise em conectividade para saúde e investir US$ 1 mil no primeiro ano, US$ 2,5 mil no segundo e US$ 6,5 mil no terceiro.