Evento ocorre nesta quarta-feira no Senado Federal. Veja abaixo alguns dados de alta relevância que serão discutidos, já que o encontro entre especialistas e a classe política visa aumentar a qualidade de vida da população e reduzir o número de intercorrências visuais como cegueira, glaucoma, catarata, entre outras doenças que atingem milhares de brasileiros
● Total estimado de cegos no Brasil em 2011: 1.158.000 pessoas;
● A estimativa de cegueira cresce exponencialmente em função da idade, chegando a ser de 15 a 30 vezes maior em pessoas com mais de 80 anos do que na população com até 40 anos de idade;
● Existem cerca de 5,3 milhões de brasileiros com perda visual severa (sem que aí estejam contabilizados erros de refração e presbiopia);
● Aproximadamente 15 milhões de crianças em idade escolar possuem problemas de refração que podem interferir em seu desempenho diário (problemas de aprendizado, auto-estima e de inserção social);
● O Brasil, com 190 milhões de habitantes, tem a população de míopes estimada entre 21 e 68 milhões de indivíduos, e entre 2 e 7 milhões de pessoas com miopia degenerativa;
● A prevalência da miopia na população geral varia de 11 a 36%, sendo menor em negros e maior nos asiáticos;
● A hipermetropia apresenta prevalência de 34% da população o que equivale a 65 milhões de pessoas;
● A prevalência atual é de aproximadamente 350.000 cegos por catarata. O número de novos casos de catarata a cada ano é estimado em 20% do observado de prevalência;
● A Agência Internacional de Prevenção à Cegueira, ligada à OMS, estima que, no Brasil, 33 mil crianças são cegas por doenças oculares que poderiam ter sido evitadas ou tratadas precocemente e que pelo menos 100 mil têm alguma deficiência visual;
● O Glaucoma apresenta incidência anual estimada de 1 a 2% na população geral, aumentando após os 40 anos (2%), podendo chegar a 6 ou 7% após os 70 anos de idade. Estima-se que entre 2 a 3% da população brasileira acima de 40 anos possam ter glaucoma;
● O paciente diabético tem quase 30 vezes mais chance de tornar-se cego do que um paciente não diabético. Cerca de 50% dos portadores de diabetes desenvolverão algum grau de retinopatia diabética ao longo da vida;
● Calcula-se que aproximadamente três milhões de brasileiros, acima de 65 anos, sofram da Degeneração Macular Relacionada à Idade em estágios variados de evolução;
● Historicamente, o número de cirurgias de catarata no Brasil sempre foi inferior ao preconizado pela Organização Mundial da Saúde. O impacto social da cegueira – e a grande prevalência da catarata entre a população mais idosa, devem ser levados em conta na formulação de políticas públicas.
● Com uma população de pouco mais de 190 milhões de habitantes, é preciso que o SUS, responsável pelo atendimento de 65% da população, garanta a realização de pelo menos 390 mil cirurgias de catarata/ano, enquanto que as outras 180 mil cirurgias devem ser realizadas pelo setor privado, chegando-se – no mínimo – a um total de 540 mil procedimentos anuais. Entretanto esse número, tão além do que hoje se estima que seja realizado, seria suficiente apenas para eliminar a cegueira instalada. Para evitar que mais e mais brasileiros cheguem à cegueira por catarata, estima-se que, idealmente, seriam necessárias 720 mil cirurgias de catarata/ano;
● O Brasil ocupa hoje o segundo lugar em número absoluto de transplantes de órgãos e tecidos do mundo. Em 2011 foram realizados 14.182 transplantes de córnea no país. Aproximadamente 90% das córneas doadas são aceitáveis para transplante; a córnea pode ser preservada por um período de até 15 dias após a sua retirada; a taxa de êxito dos transplantes de córnea é de 90%; e podem ser doadores e receptores desde crianças até idosos;
● A região Sudeste respondeu, no primeiro semestre de 2011, por 54% do total dos transplantes (3.812), enquanto a região Norte realizou apenas 1,7% dos procedimentos (124). As regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sul responderam por 16%, 9,3% e 19% do número de transplantes realizados, respectivamente.