Enquanto uma pequena quantidade de casos de Ebola estão surgindo nos Estados Unidos e na Europa, o epicentro da doença ainda se encontra na África, uma área onde a tecnologia mobile e a mHealth tem uma posição importante, especialmente aquelas que usam mensagens de texto e outros serviços de tecnologia mobile. Este tipo de mensagem é uma boa maneira de educar a população para identificação de sintomas, busca de cuidado médico e diminuição de contaminação.
A crise da Ebola tem recebido esforços da IBM, da Cruz Vermelha, UNICEF, da ONU e da BBC, todas usando mensagens de texto ou atividades em mHealth que contêm informações para ajudar a conter a doença.
TERA
A Cruz Vermelha se juntou com a operadora AirTel para oferecer o TERA (Trylogy Emergency Relief Application System), um sistema de mHealth que já mandou 2 milhões de mensagens por mês em Serra Leoa. As mensagens são entregues gratuitamente para todos os telefones da região e oferecem mensagens sobre higiene e cuidados especiais para a doença. O mesmo sistema foi usado no Haiti após os terremotos que atingiram o país. De acordo com eles, cerca de 69% dos moradores de Serra Leoa têm celulares e as mensagens podem atingir ainda mais pessoas, já que os donos dos aparelhos compartilham a informação com os amigos.
U-Report da UNICEF
Na Nigéria, a UNICEF lançou um projeto com base em mensagens de texto que trazem informações sobre o ebola, tirando vantagem das organizações sociais já existentes. A ideia é parecida com a do projeto TERA, onde a pessoa recebe a mensagem e é estimulada a compartilhar com amigos e parentes para aumentar o alcance da informação.
IBM
Enquanto o TERA e o U-Report oferecem auxílio para as organizações entrarem em contato com as pessoas, a IBM lançou uma iniciativa em Serra Leoa para que as pessoas entrem em contato com o governo. Eles usam supercomputação e nuvem para mapear o conteúdo das mensagens e usar o dado feito pela população (crowdsourcing) para melhorar os resultados. As pessoas são encorajadas a ligar ou enviar mensagens para números pré-determinados.
“Já foram dadas informações de casos de Ebola que precisavam de produtos de emergência e de informações sobre óbitos por contaminação, sendo necessária retirada imediata do local”, disse a IBM.
UN World Food Program
O programa da ONU para este caso também usa mensagem de texto para agregar informação sobre locais onde a necessidade de ajuda é maior. A organização está trabalhando com a Mobile Accord, que oferece uma plataforma de pesquisa baseada em mensagens chamada GeoPoll. As pesquisas ajudam os pesquisadores no entendimento dos riscos de exposição e permite pesquisadores a ter maior contato com as mesmas pessoas para entender as tendências do local.
Serviço de WhatsApp BBC
O WhatsApp também é o maior aplicativo de chat da África e a BBC está fazendo uso dele para recolher informações sobre o Ebola e oferecer informação para as pessoas. A intervenção também inclui Twitter, Facebook, televisão rádio e internet.