O projeto Saúde Business School, da revista FH (antiga Fornecedores Hospitalares), de 2012, aborda o tema: Tecnologia da Informação em Saúde. A iniciativa busca auxiliar as instituições do setor em sua gestão. Ainda que exista literatura sobre o tema, a nossa função é construir um manual prático para a geração de um ambiente de tecnologia hospitalar mais seguro, que auxilie e oriente às equipes na organização de seus departamentos de TI e na interação da tecologia da informação com os stakeholders.

Em cada edição da revista FH contém um capítulo sobre o assunto, escrito em parceria com médicos, professores, consultores e instituições de ensino, no intuito de reunir o melhor conteúdo para os leitores. Depois da circulação da revista, o Saúde Web disponibilizará, gradualmente, os conteúdos.

No mês de julho, o capítulo foi sobre: Prontuário Eletrônico

INTRODUÇÃO

Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) é o conjunto de informações de saúde, no formato digital, sobre uma pessoa. Na denominação usual, o PEP também se refere ao sistema computacional que registra, recupera, manipula, armazena, processa ou comunica informações de saúde relativas a uma ou mais pessoas, em geral de uso interno a uma instituição de saúde.

Segundo a resolução do Conselho Federal de Medicina CFM 1638/2002, prontuário é o ?documento único constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo.?

Quando essa informação pode ser compartilhada, e utilizada inter e multi-instituições, dentro de uma região (município, estado ou país), ou ainda, entre um grupo de hospitais, evolui-se para um conceito ainda maior, que é o Registro Eletrônico de Saúde (RES).

O uso de sistemas de PEP/RES proporciona muitos benefícios para a assistência à saúde, tais como a maior disponibilidade e acesso mais amplo a informações de saúde, as quais estão mais atualizadas e legíveis; alertas em casos de inconsistências e interações medicamentosas, aumentando a segurança do paciente; possibilidade de comparar computacionalmente resultados de exames e a evolução do tratamento, auxiliando o diagnóstico e o plano assistencial; capacidade de rápido compartilhamento de informações, quando necessário; geração de relatórios e indicadores de gestão e assistenciais, tanto para fins epidemiológicos quanto estatísticos, colaborando para os processos de acreditação; e muitos outros.

Além disso, a possibilidade de controle da segurança e auditoria é muito superior ao papel, resultando em maior privacidade a todos envolvidos. Os sistemas computacionais em muito podem ajudar os profissionais em seus procedimentos clínicos. Ao mesmo tempo fazem um registro claro e preciso do ato clínico, impossibilitando alterações, e identificando univocamente o profissional, ficando a responsabilização mais evidente. Essa característica resulta em uma assistência mais atenciosa e consciente, consequentemente de melhor qualidade.

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