Como o Brasil realiza todos os anos a feira Hospitalar, reconhecida internacionalmente, a Polônia também organiza a sua, a cada dois anos, batizada de Salmed, na cidade de Poznan. Entretanto, em plena 25° edição, sua relevância ainda fica restrita ao mercado local, apesar dos esforços do governo polonês em promover fabricantes de equipamentos e soluções médicas do país aos mercados estrangeiros.

Representantes de empresas de diferentes portes e nacionalidades, assim como jornalistas, foram convidados por meio do programa Polska Medical, do Ministério da Economia da Polônia, em parceria com a consultoria Ageron e World Expo International, para conhecerem o potencial dos fabricantes locais do setor de saúde. Países como Alemanha, EUA, Rússia, Brasil e Emirados Árabes Unidos são os principais alvos do programa, que deve ser executado até 2015.

Durante os três dias de Salmed (10, 11 e 12 de fevereiro), cerca de 300 companhias, de 22 países, exibem suas novidades. De acordo com a gerente de projetos da feira internacional, Monika Wietrzynska, a expectativa é de comparecerem 6 mil pessoas.

Para o pequeno empresário Michele Contardi, fundador da M.C Medizintechnik, especializada em produtos ortopédicos, os movimentos das empresas polonesas refletem a tentativa de integrar a tecnologia polaca à comunidade europeia. ?Vejo ainda dificuldades nos negócios por causa da mentalidade fechada, herança do regime comunista, mas isso está começando a mudar?, afirmou Contardi, convidado do Polska Medical, que já possui negócios com a empresa polonesa Micromed, ?de produtos muito bons e preços acessíveis?, segundo ele.

Integrante da União Europeia desde 2004, a Polônia passou a assegurar a qualidade de seus produtos devido aos padrões europeus de fabricação e, segundo profissionais do setor, os preços costumam ser mais baixos do que a média do mercado europeu.

O salto nas exportações ocorreu exatamente após 2004, passando de pouco mais de US$ 100 milhões para US$ 524,2 milhões em 2011. Atualmente a Alemanha é a maior importadora dos equipamentos, atingindo o montante de US$ 218,8 milhões por ano, seguida da França, EUA e Grã-Bretanha. O Brasil não figura entre os principais importadores, mas já está no radar como potencial parceiro no longo prazo.

Dentre as atividades que o Polska Medical contempla estão missões empresariais, conferências setoriais e encontros de marketing (B2B), além da participação de empresas polonesas nos maiores eventos do setor até 2015, como Arab Health (Dubai), Hospitalar (São Paulo), Fime (Miami), Medica (Dusseldorf) e Zdravookhraneniye (Moscou).

* a jornalista viajou a convite do programa Polska Medical