Conhecida como pílula com microcâmera, a cápsula endoscópica é responsável por realizar uma avaliação da mucosa do intestino delgado por meio da captação de até 120 mil fotos convertidas em vídeo para a análise do laudo, o que equivale a 35 fotos por segundo. A cápsula tem 26 mm de comprimento, diâmetro de 11mm e é fabricada com material biocompativel. Para atualização dos endoscopistas, a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) vai oferecer aos associados a Oficina de Cápsula Endoscópica no dia 24, sábado, com temas como histórico da cápsula, preparo do paciente, indicações e contraindicações, além de situações especiais apresentadas nos procedimentos e o participante poderá ter o contato de forma prática com o software da cápsula.

De acordo com o membro da SOBED e coordenador da oficina, Thiago Festa Secchi, uma das vantagens do exame se deve ao fato do procedimento não alterar a rotina diária de quem realiza o exame. “O paciente não é sedado e pode seguir sua rotina normalmente, porém é importante lembrar que a utilização da cápsula não substitui a endoscopia digestiva alta.

A cápsula é ingerida por via oral e é preciso que o paciente esteja em jejum de 8 horas. Sensores são aderidos diretamente no abdome do paciente que captam as imagens geradas pela cápsula e conduzem até um gravador que o paciente carrega a tira colo.

O exame dura em torno de 8 a 12 horas de gravação, tempo médio de duração da bateria da cápsula. A eliminação da cápsula é feita por meio das fezes. O exame é mais indicado nos casos de anemia ou sangramento digestivo de origem obscura, também usado no rastreamento de câncer, doença celíaca, e quadros inflamatórios como a doença de Crohn.

É importante ressaltar que o paciente deve estar atento e conhecer as contraindicações do procedimento. “É um exame bem tolerado e praticamente sem riscos, explica Secchi.