A cadeia produtiva de OPME (orteses, proteses e medicamentos) foi amplamente discutida durante o 16° Congresso Unidas e 3° Congresso Internacional de Gestão em Saúde. Tal nicho faz parte de um mercado mundial de produtos médicos que possui um orçamento de um trilhão de dólares e mais de 13 mil fornecedores de material no País, de acordo com o presidente da Associação Brasileira de Importação e Distribuidores de Implantes (ABBRAIDI), Gilceu Serrato.
Segundo pesquisa da Unidas 2012, lançada durante o Congresso, a concentração de gastos no regime hospitalar de OPME é de 10,7% do total.
Para Bruno Sobral, diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, é fundamental a revisão no modelo de pagamento dos médicos, mas afirmou que as atividades e ações relacionadas ao tema não devem refletir no consumidor final – quando questionado sobre os prazos de atendimento em casos onde são avaliadas as necessidades do uso de órteses e próteses.
Outro tema retratado durante o evento foi parcerias público privada (PPPs). O diretor médico de saúde do Reino Unido, Andrew Vallance-Owen, afirmou que as PPPs se fazem necessárias para o desenvolvimento do setor no Brasil e no mundo. Owen citou que cerca de 130 parcerias desse tipo foram realizadas durante 20 anos na saúde do seu país, somando um capital de investimento total de 120 bilhões de libras.
Para ele, este investimento trouxe bons resultados para o Reino Unido. Entre os exemplos citados por ele estão a rapidez na entrega da obra, investimentos em tecnologia e infraestrutura moderna, itens que não seriam iguais se comparados, por exemplo, a um hospital construído pelo setor público.