As novidades no tratamento da doença de chagas e os avanços em pesquisas para produzir uma vacina e tratamentos alternativos com células tronco, são alguns dos temas abordados durante o XL Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. O evento acontece de 7 a 11 de março, em Aracaju (SE), com a previsão de receber mais de dois mil médicos. O congresso vai abordar também a atual situação das doenças como dengue, febre amarela, leptospirose, leishmanioses, esquistossomoses, malária, tuberculose, parasitoses, hanseníase, DSTs/Aids, hepatites, infecção hospitalar, uso de antimicrobianos, saúde da família, meningites e doenças infecciosas transfusionais.
O tema “Endemias: sob o olhar dos Sertões” será debatido por especialistas de vários países como Estados Unidos, Bélgica, Cuba, Inglaterra e Peru, além do Brasil. Serão expostos também 860 trabalhos de pesquisadores de países como Cuba, Líbia, Brasil e Peru.
A doença de chagas ainda é uma realidade no Brasil, mas com ocorrência controlada de novos casos. Pelo menos, no que diz respeito à situação endêmica da doença. Segundo o pesquisador de doenças tropicais da Fundação Oswaldo Cruz, o médico mineiro João Carlos Pinto Dias, os novos casos, na verdade, são velhos, ou seja, de pessoas com mais de 50 anos já acometidas pela doença há vários anos, mas ainda não tratadas.
“Nos próximos anos, teremos somente idosos com essa doença, associada ou não a outras como hipertensão e diabetes. Por isso, será importante preparar novos profissionais da área de saúde, principalmente médicos, para que tomem conhecimento dos novos tratamentos para esses pacientes que podem, inclusive, garantir uma sobrevida”, destaca.