O método de escleroterapia para tratamento de varizes, por meio de uma injeção biológica, será tema do II Congresso São Paulo de Cirurgia Vascular, que acontece entre os dias 27 e 28 de agosto. Um dos precursores da introdução deste método no País, o Dr. Marcondes Figueiredo vai mostrar os resultados de uma série de tratamentos realizados junto a pacientes de Minas Gerais. A técnica já praticada na França e Itália, começa a ser aplicada no Brasil, e é indicada principalmente para o tratamento de veias maiores, de médio e grosso calibre. A novidade representa uma revolução na escleroterapia, que até recentemente se restringia à injeção de líquido para secagem de pequenos vasos.
Com o método de aplicação de espuma à base de polidocanol, a escleroterapia apresenta uma solução que não requer intervenção cirúrgica e pode ser aplicada tanto em situações de menor gravidade quanto em casos mais graves, como o de úlceras vasculares. “Os resultados são surpreendentes, abrindo uma nova possibilidade no tratamento de varizes”, afirma o Dr. Marcondes Figueiredo, que implantou a técnica em cerca de 15 pacientes.
Por esse método, o polidocanol, uma espécie de detergente, que algum tempo atrás era utilizado como anestésico, é misturado ao ar até formar espuma. Esta é injetada na veia do paciente, aderindo à parede do vaso e interrompendo a circulação de sangue. “Este processo leva à secagem da veia, e consiste em um método que, além de ser simples, tem um custo 50% menor do que a tradicional cirurgia”, explica ele. O tratamento não requer internação, anestesia e o processo de recuperação é muito rápido.
Nos últimos anos, a técnica foi aprimorada na Europa e, desde 2003, possui o Consenso Europeu de Escleroterapia com Espuma, que foi obtido em encontro na cidade de Tegernsee, na Alemanha. Segundo este documento, o método com injeção de espuma se comprovou mais efetivo e seguro do que a escleroterapia convencional.
O novo método de escleroterapia, ele adquiriu em estágio realizado junto a um dos maiores especialistas desta área no Chile, o Dr. Rodrigo Gonzalez, do Centro Médico de Varices de Santiago, que vem tratando pacientes com espuma biológica desde 1997. O método adotado por ambos é o Tessari, desenvolvido pelo médico italiano de mesmo nome.
Segundo Figueiredo, o tratamento é indicado para casos de recidiva de varizes, insuficiência venosa crônica (IVC) avançada e que levam à ulceração ou ainda em pacientes que não querem se submeter à cirurgia. Como os demais tipos de tratamento, a escleroterapia com espuma requer habilidade e treinamento por parte do angiologista, de forma a evitar complicações.
Mais informações sobre o tratamento de escleroterapia com espuma, podem ser obtidas no site www.meiaelastica.com.br
Serviço
II CONGRESSO SÃO PAULO DE CIRURGIA VASCULAR
DATA: 27e 28 de agosto
LOCAL: Maksoud Plaza- Salão Nobre
PAINEL: Insuficiência Venosa Crônica
HORÁRIO: das 08h00 às 11h40