A receita das operadoras, em 2010, foi de R$ 71 bilhões, a sinistralidade girou em torno de 81,1%, nos últimos anos, o setor de saúde tem passado por intensa consolidação. Tal configuração exerce pressão sobre os custos hospitalares. ,13,De acordo com o superintendente geral de operações do Hospital Samaritano, Sérgio Lopez Bento, apesar do modelo de negócio entre operadora e hospital necessitar de revisão, existem aspectos fundamentais para a eficiência da administração hospitalar. São eles:

-aprimorar sistema de informação, econômico-financeiro de custo e de informações assistenciais (epidemiológicas);
-necessidade de aumentar eficiência operacional, para evitar desperdícios tanto na área assistencial como na administrativa;
-alinhamento de interesses com o corpo clínico por meio de boa governança.,13,?Queiramos ou não temos que tratar o hospital como um negócio. E o médico é gerador de demanda muito importante, inclusive no custo, pois é ele quem escolhe os recursos que serão usados para o tratamento?, afirma Bento. ,13,Para se ter ideia, cerca de 54% da receita dos hospitais associados à Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) provém da cobrança de insumos. De acordo com o Bento, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) juntamente com as classes médicas e de planos (Abramge, Fenasause, Unidas, Unimed, Anahp, CMB, CNS, FBH, AMB) está trabalhando para mudar esse modelo de cobrança.,13,Modelo em discussão ,13,Para os eventos com alta previsibilidade em termos de utilização de recursos e de desfecho, a cobrança seria feita por meio de um preço fixo. Os procedimentos com uma previsibilidade menor continuam com uma conta aberta. E para eventos cirúrgicos seria negociado um pacote com as operadoras. ,13,Através do novo modelo os hospitais assumiriam mais risco em prol de uma melhor gestão de recursos e de maior poder de negociação com os panos. ?O risco operacional dos hospitais aumenta, pois os hospitais cobram pelo modelo de conta aberta ou fee for service. A partir do momento que eu passo a receber um valor fixo, por exemplo, para uma cirurgia, se eu usar mais recursos do que eu formatei ao considerar o preço, eu posso ter um prejuízo?, explica. ,13,Segundo Bento, os estudos para o novo modelo devem ir até dezembro deste ano. ?Os hospitais vão dialogar mais com os membros do corpo clínico em relação à utilização de recursos?, enfatiza.