A instituição passou a utilizar a teleorientação para facilitar o acesso a médicos pediatras, preservando o isolamento social no atual cenário de pandemia

A Conexa Saúde acaba de implementar no Sabará Hospital Infantil, em São Paulo, sua plataforma de telemedicina. Referência no país no atendimento pediátrico, o Sabará oferece, inicialmente, a teleorientação por videoconferência no Pronto-Socorro, com uma equipe de 10 médicos, mas o plano é ampliar o projeto.

“Na próxima semana iniciaremos o atendimento das especialidades pediátricas como cardiologia, neurologia, entre muitas outras pois, apesar do Covid-19, muitas crianças apresentam doenças graves e precisam de cirurgias e atendimento especializado contínuo. O Sabará criou um fluxo separando os pacientes com sintomas respiratórios dos outros, aumentando a segurança do Hospital”, diz Rogerio Carballo Afonso, gerente médico de Telemedicina.

“Ao investir em telemedicina, o Sabará segue a tendência das instituições de saúde no momento. A tecnologia tem muito a contribuir para atenuar o atual cenário de pandemia e o mercado imediatamente percebeu isso”, diz o CEO da Conexa Saúde, Guilherme Weigert. A afirmação encontra respaldo nos mais recentes números da empresa que em uma semana, viu sua carteira de clientes saltar de 100 mil para 1 milhão de vidas. “Em poucas semanas aumentamos em 25 vezes o número de consultas por telemedicina por dia”, completa.

O supervisor médico do Pronto-Socorro do Sabará Hospital Infantil, Thales Araújo Oliveira, diz que a proposta do serviço é facilitar o acesso aos médicos preservando a orientação de isolamento social no atual cenário da pandemia do novo coronavírus. Por meio da teleorientação, por videoconferência, o pediatra pode ver a criança e escutar suas queixas e de seus pais ou responsáveis, esclarecer dúvidas, orientar tratamento domiciliar ou a necessidade de ir ao pronto-socorro para melhor avaliação da equipe ou realização de exames.

Fora do atual cenário de pandemia, o Pronto-Socorro do Sabará atende nesta época do ano cerca de 300 pacientes por dia, a maioria casos de bronquiolite, uma infecção respiratória viral sazonal. Com as aulas suspensas e as crianças em casa, esse número caiu para 100, informa Thales. Também mudou o perfil dos casos. “Deixamos de ter muitas crianças com bronquiolite, por conta da quarentena que contribui para diminuir o contágio de todos os vírus, para ter mais pacientes vítimas de acidentes doméstico, como quedas”, informa o médico.

Para implementar o serviço de teleorientação, a equipe de médicos recebeu treinamento da Conexa Saúde sobre o uso da plataforma. “Tivemos todas as orientações por videoconferência e o sistema é muito fácil de usar”, diz Caroline Peev, médica pediatra do Sabará Hospital Infantil.

Além disso, o Hospital criou um protocolo para a teleorientação que determina as situações que esse atendimento pode ser utilizado. São elas: problemas como resfriados simples, gripe, dor de garganta, tosse, dores de cabeça, alergia, rinite alérgica, sangramentos nasais ou vermelhidão nos olhos; irritações e alergias de pele, infecções menores, coceira, piolhos, vermes, erupções cutâneas, eczema, infecções da pele ou verrugas, picada de inseto, assaduras, reação vacinal; problemas gastrointestinais como constipação, diarreia, azia, ingestão acidental de objetos, vômitos e náuseas e outros problemas gastrointestinais; dúvidas sobre saúde geral das crianças, aleitamento materno ou vacinação; ferimentos leves, cortes, queimaduras, mordidas etc.; necessidades imediatas de receitas para aquisição de medicamentos não controlados; dúvidas relacionadas a infecção por Coronavírus. “Dessa forma podemos fazer uma triagem por videoconferência e direcionar cada paciente adequadamente sem que ele precise vir desnecessariamente ao Pronto-Socorro”, diz Caroline.