De um lado, operadoras de planos de saúde cobrando maior controle e redução de custos, do outro, fornecedores querendo repassar os reajustes em suas tabelas. No meio, a Casa de Saúde São José, que precisava manter o foco na qualidade do atendimento e segurança dos procedimentos, sem deixar de atender às necessidades de seus parceiros.

A solução encontrada para resolver a difícil equação foi o diálogo, que levou a concessões de todas as partes envolvidas. “A crise financeira tornou mais aguda em nosso mercado uma realidade que já vinha ocorrendo, ou seja, negociações extremamente mais difíceis entre todos os segmentos da saúde. Em relação aos nossos parceiros, enfrentamos a busca constante do entendimento e estreitamento das parcerias”, explica o diretor executivo da Casa de Saúde São José, Artur Hummel.

As negociações junto às operadoras têm sido pautadas por diretrizes desenvolvidas pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), que possui um comitê de relacionamento com as fontes pagadoras, e pelas recomendações do Sindicato dos Hospitais do Rio de Janeiro (Sindhrio). “Precisamos entender um ao outro, tratar das nossas agruras, dos nossos objetivos e até mesmo de nossas estratégias, com muita transparência, para evoluirmos com a melhor negociação possível”, avalia.

Internamente, apoiado nos planejamentos estratégico e de qualidade, o hospital investiu na qualificação de seus profissionais, revisão de processos e adoção de modelos de gestão mais eficazes. “Temos uma política de custos fortemente implantada e nos beneficiamos também da estratégia de compras corporativas, por meio de nossa mantenedora, a Associação Congregação de Santa Catarina”, conta.

Com estas ações, o crescimento projetado para 2009 foi atingido. “Contamos com a dedicação de todos os colaboradores na obtenção dos resultados, incluindo nosso corpo clínico, que atua com qualidade e eficiência e está totalmente sintonizado com os princípios e objetivos da mantenedora. Não podemos nos permitir falhar neste sentido, porque a obra precisa perdurar.”

Reorganização do negócio

Concentrando esforços para atingir a Visão para 2010, de “Ser reconhecido como um hospital de excelência na prestação de serviços de alta complexidade”, a Casa de Saúde São José tem realizado mudanças no negócio e investido em infraestrutura e tecnologia. “A UTI é um exemplo. A área foi reestruturada e tornou-se a maior e mais bem equipada do Estado do Rio de Janeiro.”

O hospital também está reestruturando o Centro Cirúrgico da Mulher, para melhorar o atendimento na maternidade de alto risco e desenvolver outros procedimentos de alta complexidade voltados à saúde feminina. “Isso ratificará nosso posicionamento de maternidade mais bem equipada e segura do Rio de Janeiro, tanto para o bebê quanto para a parturiente.”

Outras especialidades estratégicas também devem receber grandes investimentos em 2010, como é o caso do Centro de Diagnóstico por Imagem. “No primeiro bimestre de 2010, vamos atualizar 100% do nosso parque tecnológico para a área, com investimentos de US$ 3 milhões”, revela Hummel.

No que diz respeito à gestão, os planos incluem a participação no Projeto Farol, do Sindhrio, o que trará mecanismos para que o hospital compare seu desempenho com os demais e melhore seus processos, assim como o uso de ferramentas desenvolvidas pela Anahp, como o Observatório Anahp.

Entre os colaboradores, serão mantidos os feedbacks sobre as pesquisas de satisfação dos pacientes, treinamentos com foco em qualidade e desenvolvimentos de campanhas de consumo consciente e ecoeficiência, que levarão à redução do uso de energia elétrica, água e insumos. “As pessoas têm se envolvido fortemente e estão cada vez mais conscientes do uso adequado de todos os recursos necessários para a nossa atividade. Todas as ações visam ao crescimento e fortalecimento da Casa de Saúde São José, que continuará fortemente em andamento, seguindo nosso lema: ?A vida é sagrada””, finaliza.

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