A Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) 24 Horas do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, que será inaugurada nesta terça-feira (6) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é a maior já construída no estado. A unidade, construída com verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), terá um setor para atendimento médico de emergência, uma área destinada à saúde da família e outra voltada para atendimentos psiquiátricos.

Com um custo de R$ 15,3 milhões, a UPA tem dois andares, ocupa mais de 3.500 metros quadrados e faz parte do programa nacional de UPAs do Ministério da Saúde, que prevê a construção de 500 unidades como essa em parceria com governos estaduais e municipais.

Segundo a coordenadora do programa, Carla Pintas, 25 unidades já estão em funcionamento e outras 354 em processo de construção ou licitação em todo o país. Ela explica que as UPAs atendem emergências 24 horas e servem para desafogar os grandes hospitais.

“Onde a gente tem a maior parte dos problemas no sistema de saúde é na porta dos hospitais. A Unidade de Pronto-Atendimento dá a capacidade de resolver de 80% a 90% dos casos. Ou seja, o paciente que procura o pronto-atendimento ou tem seu caso resolvido, ou volta para a atenção básica ou vai para um hospital”, disse Carla.

O estado do Rio tem cerca de 30 unidades de Pronto-Atendimento, das quais algumas são mantidas exclusivamente pelo governo estadual e não fazem parte do programa nacional. Outras são custeadas pelo Ministério da Saúde e algumas administradas pela prefeitura. No caso do Complexo do Alemão, a UPA será administrada pela Secretaria Municipal de Saúde e custeada com R$ 3,6 milhões do governo federal.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, a UPA do Alemão permitirá ampliar ainda mais a rede de atenção primária de saúde no Rio, já que contará com um centro de saúde da família que beneficiará mais de 100 mil pessoas.

Segundo ele, a expansão da atenção primária de saúde no município é uma das prioridades do prefeito Eduardo Paes, que assumiu o governo em janeiro de 2009 com uma cobertura de saúde da família de apenas 3,5%. Hoje, essa cobertura já ultrapassa os 10%, de acordo com Dohmann.

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