Quem acompanha a trajetória do Hospital Alvorada Moema desde sua fundação, quando ainda era chamado de Rede Alvorada, em 1961, viu sua gestão passar de familiar para profissionalizada e, finalmente em setembro de 2006, chegar a Governança Corporativa. Esse processo se deu nos últimos anos graças ao Grupo Medial, proprietário do Hospital Alvorada Moema, que há cerca de três anos abriu capital e mudou totalmente a maneira como era feita a gestão dessa unidade e de outros 10 hospitais, 52 centros médicos e 48 unidades laboratoriais. “Temos autonomia técnica, mas respondemos financeiramente à Medial”, explica o superintendente do Alvorada Moema, Antônio Antonietto, que afirma que seus 850 colaboradores diretos e 330 indiretos se adequaram bem às mudanças e às previsíveis dores do crescimento.
Uma das principais transformações sentidas pelo hospital de São Paulo foi quanto ao foco da unidade. Depois de uma análise criteriosa por parte do Grupo Medial de todos os hospitais, quanto a localização, perfil dos pacientes, colaboradores e espaço físico, o Hospital Alvorada Moema foi escolhido para atender dois segmentos: atendimentos de média e alta complexidade. “Foi preferível centralizar certos serviços em uma só unidade, diferente de diluir a tecnologia e por fim encarecer o atendimento”, explica Antonietto. Diante dessa visão de trabalho, foi inaugurado em outubro deste ano um espaço com 19 leitos de UTI coronariana, sendo quatro de isolamentos. O projeto, que recebeu um investimento de R$ 15 milhões, ganhou ainda uma adaptação dos leitos localizados no oitavo andar do hospital, que se tornaram apartamentos de luxo.
Trabalho em equipe
A Governança Corporativa também possibilitou a troca de experiências e protocolos entre as diversas unidades da Medial, como os planos de contingência, que são compartilhados entre os hospitais. Além disso, a experiência de outros hospitais da rede que já alcançaram a acreditação agora é repassada para o Alvorada Moema, que ainda está em processo para o selo ONA. “Acabamos ganhando muito por meio das estratégias corporativas”, revela Antonietto. Outro benefício da mudança é quanto ao poder de barganha do hospital. Isso porque junto com os outros 10 hospitais, o Alvorada tem muito mais força para negociar preços com seus fornecedores.
A maneira como o Alvorada lida com os custos operacionais também acaba se diferenciando dos demais. Enquanto muitas unidades têm interesse em manter os pacientes por mais tempo dentro da unidade e, consequentemente, consumindo mais serviços, no hospital de Moema a mentalidade passou a ser a da Medial. “Somos um centro de custo da empresa. Por essa razão, cada centavo que eu economizo com um paciente, é um centavo a menos que cobro dos meus clientes”, e conclui, “tenho que pensar com a cabeça da operadora.”
Essa maneira de pensar acaba se refletindo no serviço dedicado aos 13% dos pacientes que não são atendidos via Medial, mas através de outras operadoras. “Não há conflito de interesses. Isso porque não diferenciamos o paciente da Medial dos outros. Praticamos a mesma cultura de racionalização de recursos em todos os casos.” Segundo Antonietto, o Alvorada só não tem mais pacientes de outras operadoras porque o próprio hospital limita esses atendimentos, que representam 25% do faturamento da casa. Mais do que uma questão financeira, a razão do Alvorada atender pacientes de outras operadoras tem a ver com os médicos que atuam no hospital, que tem interesse em centralizar seus pacientes e assim não perder tempo em deslocamento. “O resultado mais importante da chegada da Governança Corporativa no Hospital Alvorada Moema foi quanto ao ideal da empresa: passamos a atender o paciente ainda com mais qualidade”, comemora.
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