A empresa DuetHealth apresentou uma ferramenta que consiste de input diário do paciente sobre suas condições de saúde, realização de exercícios e questionários para verificar o estado físico e emocional do indivíduo.
Os dados informados ao profissional de saúde são: o número de vezes que o paciente acessou o protocolo de saúde, vídeos e exercícios sobre a doença do paciente, número de entradas que os pacientes realizam sobre seu estado de saúde e o quão bem eles realizam os questionários citados acima.
A ideia de mHealth é bastante interessante para pacientes já disciplinados e, muitas vezes, para os que já estão motivados para o tratamento. No entanto, é questionável se a ferramenta tem algum benefício para pacientes que já iniciam o tratamento com sinais de abandono (tratamentos anteriores realizados sem finalização, baixa taxa de retorno ao médico após realização de conduta, reincidência de condições que podem ser sanadas com cuidado, dentre outros).
Como Fonoaudióloga, vejo em ferramentas deste tipo uma grande oportunidade, se associada à gamification (associação de estratégias de jogos e recompensas em uma atividade rotineira), para terapias realizadas com crianças e adolescentes. Um calendário de exercícios a serem realizados com feedback direto para o profissional pode ser de extrema importância para o engajamento terapêutico, que em muitos casos, é longo e cansativo para um paciente desmotivado.
Vale salientar que a conscientização sobre o problema de saúde e a importância do esclarecimento para o paciente sobre o tratamento devem ser realizados sempre e não perdem espaço para soluções digitais e de mHealth. No entanto, a tecnologia pode ser um grande aliado para o engajamento em situações específicas e de falta de motivação por parte do indivíduo.
