O que torna um sistema verdadeiramente interoperável é a capacidade de integração de dados com outros sistemas sem necessidade de tempo para carregamento, ou seja, o processo deve acontecer em tempo real. No entanto, no Brasil, a conectividade configura um dos grandes problemas de infra-estrutura da saúde brasileira. Poderíamos integrar todos os sistemas e computadores do país, mas sem uma conexão adequada de internet, todo o esforço seria perdido.
Uma das apostas para as aplicações de mHealth é a facilidade da coleta de dados de pacientes, tanto feitos por input do profissional quanto do paciente. No entanto, com essa baixa conectividade, como poderíamos ter um sistema em que pudéssemos confiar e armazenar a informação dos pacientes, tendo-a disponível para acesso off-line?
Uma ideia é a sincronização tardia com o servidor, configurando uma falta de interoperabilidade, mas podendo ser uma opção viável. No entanto, os sistemas devem ser HIPAA compliant para que estas informações sejam armazenadas de forma segura tanto off-line quanto online.
Um exemplo de aplicação que trabalha com esta premissa é o Trigram Technologies, criado para iPad e , uma vez conectado ao servidos, o sistema sincroniza com os dados anteriormente inseridos e apresenta consultas de CID-9 e CID-10.
Outra função importante para um sistema deste tipo é a acessibilidade aos dados lá colocados. É de extrema importância garantir que o profissional de saúde seja capaz de acessar as informações antes colocadas por outros profissionais para conferir o histórico do paciente e fazer alterações que o profissional julgue necessárias.
Tais desafios já foram sanados em instituições e serviços com acesso redundante à internet e capacidade alta de investimento em servidores e produtos seguros e rápidos, mas quando poderemos ter este tipo de conexão em zonas e serviços menos tradicionais na área da saúde?
Como você vê a saúde mobile e a coleta de dados sendo colocadas no Brasil?