Que o Uber reestruturou a economia e modificou todo o setor de táxis do mundo, não temos dúvida. O que esperamos é que alguma empresa de saúde tenha a mesma importância para o nosso segmento. A valuation atual da empresa é de cerca de $41 bilhões.

Todos os setores estão procurando por gaps na indústria que possam configurar o próximo lugar para uma empresa Uber-like. Empresas americanas têm criado clínicas de fácil acesso, como em Walmarts e Targets, redes de supermercado americanas. Além disso, temos o exemplo da Theranos, laboratório que está perto dos americanos, em diversos pontos da rede Walgreens.

No caso do Walmart, a rede abriu mais de 100 clínicas, em parceria com a QuadMed e os pontos estarão abertos por 12 horas por dia durante a semana e oito horas por dia nos fins de semana. Como modelo de negócios, o Walmart sempre teve foco em modelos disruptivos, eficiência e gestão de custos e isso pode ser trazido para a saúde, onde estes três pontos não são tão desenvolvidos. Já a Target fechou contrato com a Kaiser Permanente para trazer conveniência e soluções de saúde de alta qualidade para os clientes.

Outras empresas, como a Whole Foods, têm se movimentado para a criação de clínicas e serviços que estejam alinhados ao seu core business e, com esse direcionamento do varejo para os serviços de saúde, podemos esperar um grande crescimento dessas facilidades, porque os varejistas americanos têm grande conhecimento das necessidades do mercado americano e entendem de lealdade do consumidor.

Se estas tentativas derem certo, teremos uma nova organização de serviços de saúde, em que a consulta está ao alcance de paciente ao redor dos EUA. Para vencer a guerra da lealdade do cliente, estas empresas devem brigar com grandes nomes do setor – ou juntar operações, como no caso da Kaiser Permanente.