A unidade de tratamento intensivo (UTI) é uma das áreas de maior lucratividade dos hospitais, fazendo com que processos de internação e alta otimizados, com o menor intervalo possível entre si, sejam desejo unânime. Além de organizar fluxos de pagamento e recebimento, sistemas de gestão hospitalar (ERP, ou Enterprise Resource Planning) específicos para hospitais podem ajudar nesse gerenciamento.
“Basicamente, o sistema pode agilizar o processo e admissão, transferência ou alta do paciente, seja da UTI ou de qualquer outra área”, explica Claudio Giulliano, sócio da consultoria Folks. Segundo o consultor, a demora da liberação dos leitos ocorre frequentemente por motivos facilmente evitáveis, como o não acionamento da equipe de limpeza ou a não formalização da alta, entre outras.
O sistema de gestão, explica Giulliano, entraria como um agilizador do processo. Para garantir que a comunicação seja efetiva, pode-se integrar uma ferramenta de comunicação ágil, como SMS ou ligações automáticas diretas, para que os times envolvidos estejam cientes sobre os procedimentos a serem tomados tão rapidamente quanto possível.
“Muitas vezes é preciso monitorar se o paciente precisa de alta ou não. O médico, geralmente, segura o paciente no leito, quer dar mais um dia por preocupação adicional, mas nem sempre é necessário”, explica. A ideia não é cercear a autonomia do médico, nem expor a segurança do paciente, mas utilizar procedimentos padrões e protocolos para evitar o uso desnecessários dos recursos. “O ERP ainda ajuda a monitorar os dados do paciente em si, acoplando alguns tipos de apoio à decisão clínica”, finaliza Giulliano.