A revolução da mobilidade abre uma janela de oportunidades e uma porta de desafios nos departamentos de TI mundo afora. “Ainda estamos iniciando a exploração do potencial do mundo móvel”, considera Claudio Prado, CIO do Santander. O executivo foi um dos três gestores que apresentaram case tratando desse novo cenário durante Intercâmbio de Ideias, no IT Forum 2011.
Mesmo sem uma dimensão exata, ninguém duvida de que há grandes oportunidades na exploração desses recursos dentro de um horizonte de longo prazo. Afinal, falta clareza de como essa oportunidade chegará. Se o lado de tecnologia pode parecer mais simples, ainda ha de se compreender visões de negócio e formas de agregar valor a partir do conceito.
O Santander, por exemplo, explora mobilidade em duas frentes: soluções para o público interno e clientes finais. Para tanto, a instituição procura uma plataforma mais neutra possível – para não ficar restrita em suas ações. “Buscamos uma infraestrutura de mobilidade onde, no topo, conseguimos usar conteúdo informacional e transacional”, explica Prado.
A vertical de saúde também vivencia grande pressão para adotar recursos móveis. “Não sou eu ou minha equipe que diz isso. Temos uma demanda reprimida. Todo dia somos cobrados para levar novas funcionalidades ao mobile”, sinaliza Telmo Pereira, CIO da Amil Participações.
De três anos para cá, a companhia pensa soluções dentro da possibilidade de rodar em plataformas móveis. Os sistemas tem que nascer integrados, na web e capazes de rodar dispositivos móveis. Na visão do gestor é fundamental, pensando em mobilidade, gerar produtos e serviços. “Informação só não paga o investimento”, condensa.
“O dispositivo é transitório e as aplicações que não se adaptarem a isso, tendem a morrer”, considera Anderson Cunha, líder de tecnologia da Leroy Merlin. Sendo assim, simplesmente transportar aplicações para dentro dos aparelhos atuais pode não se configurar na estratégia mais sustentável no longo prazo. “O que tem que ser estudado é na experiência de uso”, julga, prevendo mudanças constantes na parte tecnológica.
Para Claudio Fontes, CIO da Spaipa, um programa de mobilidade iniciado há quase uma década contribuiu para agilizar e alavancar oportunidades. Na visão do executivo, dispositivos móveis ajudam na busca por eficiência, disponibilidade e integração para dentro da companhia. “Conseguimos crescer usando soluções móveis, que influenciam e racionalizam processos de negócio”, afirma, prevendo que, quanto mais tivermos ferramentas que disponibilizem serviços digitais, mais aumenta a produtividade.
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