Não é difícil encontrar hoje no Brasil um usuário insatisfeito com o atendimento prestado pela saúde pública. Na maioria das vezes a reclamação diz respeito à demora na marcação de exames ou procedimentos. A falta de credibilidade do serviço público de saúde prejudica o próprio usuário, que insatisfeito muitas vezes busca uma saída na esfera privada e colabora, sem saber, para aumentar o índice de absenteísmo da população. Estima-se que, no Brasil, em média, o índice esteja próximo de 30%.
Para o gestor da saúde pública, no entanto, os problemas ultrapassam a esfera assistencial. Sistemas obsoletos impedem que secretarias estaduais e municipais cumpram sua verdadeira missão. E é aí que o absenteísmo mais prejudica. Embora a deficiência seja mais observada em consultas e exames, ela acaba por comprometer toda a capacidade de atendimento ao cidadão. Com atrasos na marcação de consultas, o acesso de outros usuários ao sistema de saúde fica prejudicado. O prazo de espera para a realização de uma determinada consulta aumenta, o que na ponta do lápis gera gastos financeiros ao município ou Estado.
É preciso que haja uma integração de todas as unidades de saúde públicas, para que funcionem com agilidade e praticidade, garantindo acesso a todos os cidadãos. Nesse sentido, a tecnologia é a maior aliada. Ela permite visualizar em tempo real todos os recursos e os serviços realizados pelas unidades de saúde. Um sistema Central de Regulação, por exemplo, permite atender a toda a demanda da saúde pública, já que oferece uma metodologia informatizada aos processos de atendimento, faturamento, prontuário eletrônico, áreas de apoio, clínica e assistencial.
Na administração pública a visualização dinâmica dos dados facilita o controle e a própria gestão de todo o sistema de saúde público. Com a informatização, é possível controlar a regulação de leitos, consultas e exames especializados, bem como procedimentos de alto custo, urgência e emergência medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME) e gestão das ambulâncias. A gestão da informação da saúde é a única via para uma rede de saúde pública ficar completamente 100% integrada.