Grande parte dos médicos na China trabalham em hospitais públicos e a média de salário inicial é de $500 dólares por mês, ganho equivalente ao de um taxista. Eles têm de atender casos de 50 a 60 pacientes por dia, o que os leva à um problema: Hospitais chineses registraram uma média de 27 ataques em 2012, onde os paciente bateram, esfaquearam e até chegaram a matar os médicos que não atingiram suas expectativas. Dentro deste cenário, qualquer ferramenta que consiga melhorar o cuidado – ou acelerar a rotina dos médicos – é um benefício para todos. E é isso que a Apricot Forest se propõe a fazer.

A Apricot Forest oferece três aplicativos que visam resolver algumas das principais ineficiências no sistema de saúde chinês. O primeiro app é o Medclip, um sistema de “tudo em um” para serviços do paciente. Os médicos podem fotografar, guardar e organizar dados dos pacientes; redigir notas diretamente para a tabela do paciente; enviar lembretes e materiais educativos aos pacientes através de um sistema de troca de mensagens popular na China (Weixin); e consultar outros médicos sobre casos complicados. O segundo app é o e-Pocket que contém materiais de referência, como formulário de medicamentos e calculadoras especializadas. Por fim, o terceiro é o Medical Journals que ajuda médicos a se manterem atualizados com as mais recentes pesquisas no setor de saúde.

Atualmente, 25% dos 2.5 milhões de médicos na China usam pelo menos um desses aplicativos, assim como 2.ooo novos médicos ao dia. “Eu pensei: Que impacto eu podia ter se eu pudesse mudar a realidade do povo chinês que espera de pé, no frio, uma noite toda em Beijing, apenas para marcar uma consulta?” disse em depoimento o fundador e CEO da Apricot Forest, Yusheng Zhang. E, apesar dos médicos na China não serem ricos, Zhang descobriu como obter lucro de outras formas. Empresas farmacêuticas colocam anúncios dentro dos apps para atingir os médicos. A Apricot Forest também recebe uma fatia das vendas de livros e outras publicações que são disponibilizadas pelo e-Pocket e Medical Journals. A empresa também pretende cobrar dos pacientes as ligações com seus médicos através do MedClip.

*Com informações da Fast Company.